Rogério Pereira Assunção escolheu Cascais para ser a base de venda para a Europa de produtos feitos pela agricultua familiar.
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Salão do Chocolate. Brasileiros em Portugal impulsionam negócios para a Europa

Empresárias e empresários que escolheram Portugal para internacionalizar-se já colhem frutos da escolha estratégica.
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Dizer que Portugal é uma porta de entrada pode soar como um clichê, mas há exemplos que comprovam que internacionalizar-se para a Europa por meio do território português funciona. No Salão do Chocolate de Paris, o espaço do Brasil reúne tanto empresárias e empresários que vivem do outro lado do Atlântico quanto aqueles que já estão com os pés na Europa, mais especificamente, em Portugal.

É o caso da empresária Raquel Lopes, que trabalha com cachaças e vem ampliando sua presença no continente europeu. Baseada em Lisboa, ela participa com frequência de feiras e eventos em diversos países, levando a cachaça — e a brasilidade — para fazer negócios.

“Aqui no Salão do Chocolate está sendo muito promissor; já tivemos rodadas de negócios com interessados reais em comprar várias caixas para restaurantes”, disse ao jornal. Esta é a segunda vez que a imigrante participa do evento.

Além das rodadas de negócios, essas missões também são importantes para o networking e para a promoção da cultura brasileira. Conhecida como “embaixadora da cachaça”, Raquel organizou um jantar para brasileiros e franceses em Paris, na semana do Salão do Chocolate, no restaurante Nosso, da renomada chef Alessandra Montagne.

Raquel desafiou a chef brasileira a harmonizar pratos com cachaça e cacau — dois produtos brasileiros em destaque no salão. Segundo Alessandra, foi um “desafio” criar os pratos, que acabaram sendo um sucesso entre os participantes.

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A feira também é um espaço para mostrar aos compradores o que o Brasil tem a oferecer, tendo Portugal como ponte estratégica. O empresário Rogério Pereira Assunção é o CEO para a Europa da marca Natucoa Chocolate, que reúne uma diversidade de produtos provenientes da agricultura familiar.

Com sede em Ilhéus, na Bahia, a empresa funciona em formato de cooperativa, com 196 profissionais ativos — a maioria, mulheres. “Eu decidi morar em Portugal para internacionalizar esses produtos”, explica. No Salão do Chocolate, ele apresentou o mel de cupuaçu — já comercializado em Portugal e em outros países europeus — e uma cerveja feita com mel de cacau.

Agora imigrante, Rogério testemunhou a evolução do setor brasileiro. Participou pela primeira vez do Salão do Chocolate em 2009, quando o país ainda tinha pouca visibilidade. “Naquela época, a gente só trabalhava com o mix de pó: cacau em pó e chocolate em pó. Foi a partir da inspiração dos festivais de Marco Lessa que fundamos a nossa startup”, destaca.

De acordo com o CEO, o processo de internacionalização vem ocorrendo de forma positiva, com compradores na Bélgica e na França, por exemplo. Alguns novos produtos estão sendo desenvolvidos especificamente para esses mercados. “Estamos agora remodelando a linha voltada ao mercado europeu — principalmente o francês e o inglês —, analisando o que mais se adapta e o que eles mais apreciam”, relata.

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amanda.lima@dn.pt

*A jornalista viajou a Paris a convite do Brasil Origem Week.

O DN Brasil é uma seção do Diário de Notícias dedicada à comunidade brasileira que vive ou pretende viver em Portugal. Os textos são escritos em português do Brasil.
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