Conquistar o mercado português e europeu com o talento das artesãs brasileiras. Este é o objetivo das integrantes da missão empresarial que está em Lisboa. Vindas de vários estados do Brasil, desde o Rio Grande do Sul até o Pará, as empresárias estão confiantes de que os produtos brasileiros terão cada vez mais espaço na Europa."Queremos muito o mercado de Portugal e da Europa, somos capazes, trazemos o nosso nome, a nossa cidade, a nossa cultura, queremos conquistar o mundo", destaca ao DN Brasil Maria do Carmo Mita, presidente da Associação dos Artesãos do Capim Dourado Ponte Altense, sediada em Tocantins. Como o nome diz, a especialidade das peças é o Capim Dourado. Pelas mãos das artesãs, a matéria-prima é transformada em bolsas, jóias, objetos de decoração e outros.A associação, que existe desde 2003, é formada por 23 artesãs. Segundo Maria, o grupo está pronto para o passo da exportação, o que será uma maneira de fortalecer o trabalho das brasileiras. "Somos mulheres, mães de família, com a principal fonte de renda no artesanato do capim dourado, que fazemos com muito esmero, cuidado, capricho e criatividade", detalha a presidente.Esta criatividade é evidente na marca Miyama Biojoias, da paranaense Beatriz Ueda Yamaguchi. As jóias são feitas com produtos encontrados na natureza, como folhas, sementes e flores, que recebem um banho de ouro, por exemplo. A empresa existe há dois anos e está no início do processo de exportação das peças. "Já exportamos algumas para Londres e queremos uma maior presença na Europa, por isso estamos aqui em Portugal", explica..Evento com empresárias brasileiras marca início das atividades do escritório da Apex em Lisboa.E as expectativas para o futuro são altas. "A gente tem a expectativa de aprender bem o mercado europeu, conhecer os lojistas, ver como que é o mercado, a aceitação do nosso produto aqui para os portugueses e para todo mundo e exportar", detalha a brasileira.Clique aqui e siga o canal do DN Brasil no WhatsApp!Neste caminho também está Tereza Melo, da marca Trapos e Fiapos, que há meio século trabalha com tecelagem manual. "Estamos aqui buscando um posicionamento para o nosso trabalho, buscando que o mercado europeu olhe para o artesanato com o devido respeito, porque o Brasil é feito à mão", pontua.Na visão da empresária, o movimento da Apex e do Sebrae é importante para isso, especialmente para as artesãs que vivem no interior. "É fundamental para nos orientar, nos ajudar. Estamos no caminho do aprendizado", comenta.Segundo Tereza, o artesanato brasileiro merece destaque no mundo. "A gente precisa dizer ao mundo que o Brasil é feito à mão, e a mão do brasileiro é muito uma mão do coração. Quando a gente faz uma peça, não colocamos só o fio, colocamos também as angústias, as alegrias, o nosso dia a dia. Esse é o nosso jeito brasileiro de ser", destaca.A missão empresarial em Lisboa conta com treinamentos, rodas de conversa e visitas técnicas. Na quinta-feira, 3 de julho, será realizada uma rodada de negócios com compradores de Portugal e de outros países europeus.amanda.lima@dn.pt.O DN Brasil é uma seção do Diário de Notícias dedicada à comunidade brasileira que vive ou pretende viver em Portugal. Os textos são escritos em português do Brasil..Empresárias brasileiras em Portugal dão dicas para quem quer abrir um negócio no país.Ligação cultural deve ser usada para os negócios, defende diretor da Apex em Portugal