Operação europeia no Aeroporto de Lisboa combate imigração ilegal
Nesta semana, passageiros que estavam um voo que chegou ao Aeroporto de Lisboa, vindo de São Paulo, foram alvo de uma fiscalização logo após o desembarque. Vários policiais abordaram os viajantes, a maior parte brasileiros, pedindo documentos como passaporte e títulos de residência.
Ao DN Brasil, a Polícia de Segurança Pública (PSP) explica que trata-se da operação "Joint Action Day STOPOVER", que ocorre nos aeroportos europeus. O objetivo é "combater a imigração ilegal, tráfico de seres humanos, tráfico de drogas sintéticas e a fraude documental associada".
A operação faz parte da chamada Plataforma Multidisciplinar Europeia contra Ameaças Criminais (EMPACT, sigla em inglês), uma política permanente da União Europeia desde 2022 para combater crimes.
Em Portugal, ação é realizada por diversas entidades, como Frontex, Europol e Eurojust e Interpol, além da PSP. A coordenação no país é do Sistema de Segurança Interna (SSI) português. A "Joint Action Day STOPOVER" ocorre em períodos específicos. Em 2024, por exemplo, foi realizada em maio nos aeroportos portugueses.
O DN Brasil apurou que, do voo vindo do Brasil, um passageiro foi impedido de entrar no país. A abordagem aconteceu antes da imigração, no saguão logo após as escadas rolantes. Ou seja, depois desta operação, os passageiros tiveram de passar pelo trâmite rotineiro de apresentar os documentos e responder eventuais perguntas dos agentes policiais.
A abordagem chamou a atenção dos passageiros por não ser comum. Uma brasileira que estava no voo e mora em Lisboa há mais de 20 anos disse que nunca passou por esta situação. No entanto, a PSP esclarece que a ação faz parte da operação europeia, sem ligação com um possível "aperto" nas fiscalizações em Portugal.
Na "Joint Action Day STOPOVER" passageiros de outros voos também foram abordados. A PSP não comentou qual o critério utilizado para escolha dos alvos desta fiscalização. Na edição de maio do ano passado, de acordo com dados do SSI, foram efetuadas 47 recusas de entrada, detidas 23 pessoas por permanência ilegal no país, detectados 12 documentos falsos e quatro vistos fraudados.
amanda.lima@dn.pt
