O que há de bom: as dicas culturais do fim de semana do DN Brasil
Chegou a quinta-feira, dia da agenda cultural do DN Brasil para Lisboa e arredores. Para a programação dos próximos dias, destacamos a noite de música brasileira no Malandro do Marquês, espetáculo de dança, feijoada e a edição mensal da Feira Cultural Latinoamericana na Fábrica Braço de Prata. A dica gastronômica é um restaurante histórico na região de Campo de Ourique.
A edição semanal da O que há de bom está no ar!
Bossa e samba no Malandro do Marquês
O cantor e compositor baiano Toinho Britto se apresenta no restaurante O Malandro do Marquês nesta sexta-feira (4). Britto promete trazer ao show uma performance que abrange desde os clássicos imortais do Samba e da Bossa Nova até suas próprias composições autorais, que envolvem a diversidade cultural brasileira muito influenciada pelas raízes baianas do artista. O show incluí um jantar por €25 sem bebidas, e €30 com bebidas à discrição.
Onde? No Malandro do Marquês (Rua Camilo Castelo Branco 23B, Lisboa)
Quando? Sexta (4), a partir das 19h30
Preço: €25 (sem bebidas); €30 (bebidas incluídas). Reservas através de 911 159 536
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Feijoada em Cascais
Se no Malandro do Marquês a mistura é de comida portuguesa com música brasileira, em Cascais a programação vem 100% do Brasil no sábado. A partir das 13h, a Lake House da cidade recebe um evento do Bossa Music com shows ao vivo com de clássicos da Bossa Nova, Samba e MPB e feijoada brasileira à discrição, além de sobremesas e petiscos típicos da nossa terra. O open bar terá cerveja, vinhos, gin e, claro, muita caipirinha. A entrada custa €61 para adultos, com tudo à discrição.
Onde? No Lake House Cascais (Onyria Quinta da Marinha, Cascais)
Quando? Sábado (5), a partir das 13h
Preço: €61, disponíveis neste link
Espetáculo de dança e música na BOTA Anjos
Também no sábado, a dançarina brasileira Mariana Lemos se junta às violoncelistas Joana Guerra e Helena Espvall para o espetáculo INCL/NAR, na Base Organizada da Toca Das Artes (BOTA Anjos). A apresentação propõe um encontro entre dança e violoncelo em uma performance de improvisação, onde som e movimento se entrelaçam em um jogo de ressonâncias.
Criado por Mariana Lemos e Raquel Reis em 2021, o projeto INCLINAR já passou por Lisboa, Aveiro, Leiria e Porto, além de uma turnê pelo Brasil. Agora, com a entrada de Guerra e Espvall, inicia uma nova fase, explorando o violoncelo como matéria viva e expandindo os limites da improvisação performativa. A residência na BOTA Anjos marca a estreia dessa nova trajetória. O DN Brasil já contou a história da Mariana no podcast, assista ou ouça aqui.
Onde? Na BOTA Anjos (R. Fábrica de Material de Guerra 1. Lisboa)
Quando? Sábado (5), às 19h
Preço: €6; reservas aqui.
Feira Cultural Latinoamericana na Fábrica Braço de Prata
O primeiro domingo do mês é sempre muito aguardado pelos frequentadores da Fábrica Braço de Prata, afinal, é nesta data que ocorre a Feira Cultural Latinoamericana, uma das principais atrações do espaço. Música e gastronomia de países como Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e claro, Brasil, estão garantidas na feira - ou festa - que se estende até às 22h. A entrada é gratuita.
Onde? Na Fábrica Braço de Prata (R. Fábrica de Material de Guerra 1. Lisboa)
Quando? Domingo (6), a partir das 12h
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Extra: a dica gastronômica da semana
O Bitoque
O Bitoque estava na lista de restaurantes para visitar desde que iniciei a corrida pelo bitoque perfeito há mais de três anos, mas foi só na semana passada que consegui visitar o estabelecimento pela primeira vez. Por descuido ou ironia - mas não muita surpresa - o que fica da visita é aquela velha máxima de que não se pode definir um livro pela capa. Vamos lá.
A casa gabarita pelo espaço e localização. A região de Campo de Ourique é das mais charmosas - e nobres - de Lisboa, diria que ideal para um passeio de domingo. O bairro dispõe de jardins, parques e esplanadas e não fica longe de regiões centrais como Marquês de Pombal, Lapa, Estrela, Santos, Alcântara e até Cais do Sodrés. Dá, portanto, para começar a digestão d’o Bitoque - o restaurante, não o prato - por ali e depois seguir para o canto “que der mais jeito”, como dizem os portugueses.
Concorrido aos domingos, sendo uma das tascas tradicionais que abre as portas no dia santo, O Bitoque tem um interior charmoso. A dica é comer no balcão para evitar filas e ter uma experiência completa, que gastronomicamente falando começa com as sopas, a canja e a alentejana, especialidades na casa. Confira no replay.
Já nos pratos principais, adivinhe: o bitoque não é a especialidade da casa, algo que já me tinha sido alertado pelos amigos moradores da zona e frequentadores assíduos do restaurante, não por este mas por outros pratos. O molho do bitoque é um pouco alcoolizado demais, seja por cerveja ou por vinho branco, e esconde o que o prato tem de melhor, o bife, que mesmo assim não é dos mais nobres.
Os pratos do dia, por outro lado, tanto pelo sabor, quanto pelo preço, fazem uma ida ao Bitoque valer a pena. Fui naquele que já comentei aqui ser dos meus favoritos pelo conforto que traz aos domingos, o arroz de tamboril. Não decepcionou, sabor presente, quantidade generosa - dá para uns três pratos - e com um piri-piri que faz o casamento perfeito. Preço? Singelos €11. Cordeiro assado, bacalhau à minhota e iscas de fígado são algumas outras opções. Recomendo!
Onde? No Bitoque (R. Ferreira Borges 59 61. Lisboa)
Preço: €10 - €15
Até semana que vem!
nuno.tibirica@dn.pt