Portugal garante ao Brasil que continuará de "braços abertos" para imigrantes
Em declarações em Brasília, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Nuno Sampaio, falou sobre as novas medidas para imigração em Portugal
Texto: Agência Lusa / DN Brasil
O Governo português garantiu às autoridades brasileiras que a “política de acolher de braços abertos” os imigrantes brasileiros irá continuar, segundo declarações à Agência Lusa dadas por Nuno Sampaio, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação.
“Nós continuamos com uma política de acolher de braços abertos essa comunidade” afirmou Nuno Sampaio depois de falar na tarde da última segunda-feira (10), em Brasília com a Secretária-Geral do Itamaraty e Ministra das Relações Exteriores interina, Laura da Rocha.
O secretário de Estado reforçou ainda a ideia de que a comunidade brasileira em Portugal (cerca de 600 mil, como apurou o DN Brasil) é “uma comunidade muito importante, muito bem integrada e muito importante para a economia portuguesa”.
No início do mês, aprovado em Conselho de Ministros, o Governo pôs fim as manifestações de interesse e anunciou a criação de uma estrutura de missão para regularizar os processos pendentes, estimados em 400 mil.
Entre as 41 medidas prevista no Plano de Ação para as Migrações, consta ainda a transformação do atual visto de mobilidade para imigrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) num visto comunitário (Shengen), que permite circular pela União Europeia, e criação de uma Unidade de Estrangeiros e Fronteiras (UEF) na PSP - Polícia de Segurança Pública para fiscalizar a presença de imigrantes e criar centros de atendimento de emergência.
“A ideia é reforçar os mecanismos de uma boa integração. Sobre isso gostaria que não ficasse qualquer dúvida. É simultaneamente uma perspectiva humanista e reforço das relações com os países da CPLP”, afirmou o secretário de Estado, acrescentando ainda que o objetivo do Governo é o “acolhimento, uma boa integração, com humanismo”.
“É essa a perspectiva de Portugal e deste Governo”, destacou.
Para que o novo plano seja concretizado, especialmente no que diz respeito aos imigrantes que não pertencem à CPLP, o “plano para as migrações que foi apresentado prevê exatamente esse reforço dos serviços consulares”, disse.
“Agora iremos ver na prática como é que os recursos poderão ser direcionados”, mas o “reforço da capacidade consular está previsto e será efetivado”, completou.