Parque fica em Santos, perto do Cais do Sodré.
Parque fica em Santos, perto do Cais do Sodré.Facebook / Junta de Freguesia da Estrela

O que há de bom: festa Raízes, parque de diversões, aprender a dançar na agenda da semana

Na dica gastronômica, uma pizza com gosto de Brasil (de verdade).
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O Nuno ainda está de férias e continuo com a responsabilidade da coluna, mas semana que vem ele volta. Hoje destacamos mais uma seleção das melhores dicas para o fim de semana em Lisboa, sempre com diversidade e integração, coisas que a capital portuguesa proporciona todos os dias para quem aqui vive. A coluna O que há de bom está no ar!

Parque de diversões

Confesso que estava muito ansiosa em dar essa dica. Já chegou a famosa Feira de Inverno, que tem como atração principal um maravilhoso parque de diversões. Eu sempre amei parques de diversões e desde criança desafio as idades mínimas para os brinquedos mais radicais. Este de Lisboa me lembra muito os parques que frequento desde a infância, aqueles de feiras de interior. As edições aqui costumam ter roda gigante, carro de choque e brinquedos radicais como um canguru gigante que gira e o “break dance”, particularmente meu preferido, que gira em vários sentidos e várias velocidades.

Para os pequenos, há o carrossel e o minhocão. Ou seja, é um passeio divertido para toda a família. Além de ser parecido com os parques brasileiros, o que deixa o clima ainda mais semelhante é que a maior parte das músicas que tocam em alto som são…brasileiras. Além dos brinquedos também são vendidas comidas e bebidas, mas é melhor deixar para comer no final, ou pode dar ruim. Sugiro o pão com chouriço e o churros com doce de leite de sobremesa.

Onde? Terraplano de Santos em Lisboa, perto do Cais do Sodré (dá pra chegar de autocarro ou comboio).

Quando? A feira vai até meados de março e funciona de segunda a sexta entre 14h e 1h e aos finais de semana entre 12h e 2h.

Quanto? A entrada no parque é gratuita, com pagamentos individuais em cada brinquedo. Cada ingresso custa uma média de 5 euros.

Teatro Um País que é a noite

Estreia nesta quinta-feira (6) a peça Um País que é a noite, escrita por Flávia Lins e Silva e a brasileira Tatiana Salem Levy. O espetáculo parte de um diálogo de ficção entre a poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen e o também poeta Jorge de Sena. A conversa não é um momento qualquer, mas sim, nas horas antes de fugir para o Brasil em 1959, quando Portugal vivia a ditadura de Salazar. É imperdível pela história em si, mas também é um orgulho ver uma escritora brasileira assinar a peça teatral. A colega Mariana de Melo Gonçalves, repórter de Cultura do DN, escreveu sobre o espetáculo.

Onde? Teatro da Trindade INATEL (rua Nova da Trindade 9, Lisboa)

Quando? A peça vai até 16 de março, sempre às quartas e domingos às 19h.

Quanto? As entradas custam entre 10 e 14 euros.

Moongatha no Tokyo

O Tokyo é uma das minhas (pouquíssimas) baladas preferidas em Lisboa. Não é repleta de turistas, o público que frequenta é mais adulto e não há aquela clássica (e errada) avaliação da roupa para deixar a pessoa entrar ou não. Nesta sexta, o palco do Tokyo recebe Moongatha, um projeto das portuguesas Sara Leite e Margarida Belo. A apresentação é descrita como “íntima e ousada, as suas canções mergulham num universo dramático-sexy com raízes na língua portuguesa, tocando na world music e enfeitando-se com leveza do pop”. Estou curiosa!

Onde? Tokyo (Cais Gás,1)

Quando? sexta (7), a partir das 22h

Quanto? 6 euros

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Festa Raízes da Diáspora LX na Fábrica Braço de Prata

No sábado, todos os caminhos levam a Fábrica Braço de Prata para a festa Raízes. É a segunda edição do evento, promovido pela Diáspora LX. De acordo com os organizadores será um “espaço de celebração e integração onde as culturas portuguesa e imigrante brilhem juntas, mostrando a riqueza artística e a pluralidade que compõem nossa comunidade”. A mistura musical será boa: bloco Oxalá, Samba do Chalé, DJ Puro Suco, e rap com o LBC Soldjah. A programação ainda inclui performance de teatro e depoimentos de imigrantes no palco entre uma apresentação e outra.

Onde? Na Fábrica Braço de Prata

Quando? Sábado, a partir das 19h

Quanto? 7 euros (à venda aqui)

Dançar domingo na Time Out

Sim, a Time Out é um lugar repleto de turistas, mas tem muitas coisas legais. As aulas de dança são uma delas. Neste domingo (9), a partir das 17h vai ter uma aula aberta de dança e música ao vivo com King & The Guitar George, uma dupla de Blues cheia de energia.

Onde? Mercado da Ribeira (Avenida 24 de Julho, 49)

Quando? Domingo, 17h

Quanto? entrada livre

Dica gastronômica: pizza Big Chic

A dica de hoje é um pouco diferente, porque não se trata do espaço em si, até porque nunca fui, mas sim do produto, que já pedi para entregar em casa algumas vezes. São as pizzas da Bic Chic. Preciso dizer inicialmente que eu sou viciada em pizza. Naquela pergunta clássica “o que você comeria todos os dias para o resto da vida?”, a minha resposta é pizza. Pronto. 

Mas existem pizzas e pizzas, a maior parte boas. Existem as pizzas napolitanas, a clássica italiana margherita com mussarela de Búfala que é minha preferida, a pizza “normal” portuguesa, com massa mais ou menos fina, a pizza de mercado e por aí vai. Todas possuem seus momentos. E existe a pizza brasileira, ou a mais parecida que temos com pizza brasileira aqui. Quer dizer, talvez seja um erro generalizar como pizza brasileira, porque a pizza de São Paulo não é a mesma do Paraná, nem de um estado de Nordeste e por aí vai.

Enfim, vou definir a pizza da Big Chic com a que mais tem gosto de casa. Eu descobri a Big Chic em uma daquelas noites que precisava muito de uma comida de conforto, que me lembrasse o Brasil. Fui ao Google e digitei “pizza brasileira Lisboa”. A Big Chic foi a primeira que apareceu. Fui para a página do Instagram e gostei, até porque se definem como “Pizzaria brasileira em Lisboa”.

Era uma daquelas noites em que não queria sair comer, queria apenas receber em casa e saborear cada fatia com a mão no conforto do sofá. E assim fiz. Escolhi as clássicas: calabresa com cebola e americana, com bacon e milho. Imagine, estive em Roma no mês de novembro. Lá eu nunca pediria esses sabores. Mas como disse, há momentos e momentos.

A massa é perfeita, um pouco mais grossa e pesada, com borda. Não me cancelem, mas não gosto de catupiry (mas sim, eu sou brasileira) e dispenso a borda recheada. Por falar em recheada, acho que aqui está um ponto que difere dos demais estilos: a pizza tem muito recheio, sem economizar no queijo (e queijo mussarela bom, não aquele que tem gosto de farinha com água). O molho também combina, não sendo o astro da coisa, diferente do estilo italiano, mas um complemento para a camada mista de ingredientes em cima.

O menu de opções é bem variado, desde a brasileiríssima frango com catupiry, strogonoff e as doces, com sabores infinitos para o terror dos diabéticos. Preciso dizer que as pizzas não são baratas. As grandes começam em 16 euros e por aí vai. Mas digo que vale a pena, especialmente naquelas noites em que tudo que precisamos é de uma pizza com gosto de casa, bem recheada, acompanhada de uma coca cola gelada no conforto do sofá.

Onde? Eu pedi delivery, mas dá pra comer no local também. (Rua Barão de Sabrosa 14 A, Lisboa).

Preço: a partir de 16 euros nas grandes ou 10 euros nas pequenas.

Semana que vem o Nuno está de volta. Abraços!

amanda.lima@dn.pt

O DN Brasil é uma seção do Diário de Notícias dedicada à comunidade brasileira que vive ou pretende viver em Portugal. Os textos são escritos em português do Brasil.

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