Musicbox: “Temos uma relação de proximidade com o Brasil e os artistas brasileiros”

Criolo, Emicida, Karol Conká, Don L, Léo Midea, Duda Beat, Tim Bernardes, Letrux: o que todos estes artistas têm em comum, além de serem brasileiros? Todos já passaram pelo palco do MusicBox, casa de shows localizada em Lisboa que aposta em artistas brasileiros na programação, seja de artistas já conhecidos ou que buscam mais visibilidade.

Ao DN Brasil, o programador artístico da casa, Pedro Azevedo, explica que a relação com a comunidade brasileira é de longa data. “O Musicbox tem, há muitos anos, uma relação de proximidade com o Brasil, seja através dos artistas, que reconhecem um potencial de entrada na Europa através do espaço”, explica Pedro.

Além de trazer artistas já conhecidos internacionalmente, é também palco para os brasileiros que moram em Portugal. É o caso do trio de jazz MOVE, que se apresentou junto com o coletivo Gira, formado por brasileiras sambistas. Em diversas entrevistas com artistas brasileiros que tentam ganhar a vida com a música em Portugal, é recorrente a afirmação de que é difícil conquistar espaços na cena musical local, mas que o cenário está mudando.

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No Musicbox, aos sábados, as festas costumam ser comandadas por DJs brasileiros e portugueses. “O Embrasa Clube, festa de DJs brasileiros e da cena portuguesa, assume a programação do clubbing de todos os sábados da nossa sala e tem atraído um grande público desde a primeira edição”, avalia o programador musical.

Para Pedro, o fato de o local acolher vários estilos e a proximidade são fatores que contam. “Sem grande capacidade de risco de investimento, uma vez que tem o limite de 280 lugares, seja pela proximidade junto das várias comunidades presentes na cidade, que nós abraçamos com uma programação de variados estilos”, ressalta. A agenda dos próximos meses está repleta de artistas brasileiros e de outras comunidades migrantes.

amanda.lima@dn.pt