"Foi muito esperado": brasileiros celebram troca do papel CPLP por título de residência
Pasta de documentos em mãos e esperança nos olhos. Assim estão os cerca de 1.200 imigrantes, a maior parte brasileiros, atendidos diariamente na sede da estrutura de missão em Lisboa. O DN Brasil visitou o local com exclusividade, onde 200 pessoas trabalham para vencer a meta de zerar a fila de processos da Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA).
Nas últimas semanas, a maior parte dos agendamentos são para troca do papel da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) por um título de residência no mesmo modelo dos demais. "Estou feliz, demorou um pouquinho, dois anos, mas graças a Deus estamos aí, renovação do documento, tão esperado, mas muito feliz por isso, por ter essa oportunidade de estar me legalizando", conta ao DN Brasil Adriely Pereira da Silva, 21 anos.
A imigrante, que vive em Portugal há três anos, revela que pretende ir para o Brasil quando estiver com o título de residência em mãos. "Pretendo ir visitar o Brasil, estou com muita saudade da família", destaca a brasileira.
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O paranaense João Maria Martins, 40 anos, também pretende viajar. "Agora é viajar, ser livre. Foi um pouco demorado, mas valeu a pena", resume o brasileiro. Ao jornal, destaca que, quando trocou a manifestação de interesse pelo documento CPLP "ficou desanimado" porque não sabia das limitações. "Mas agora estou feliz, acabei de dar a final nos meus papéis aqui. E agora é bola para a frente", ressalta João.
Ambos elogiaram o atendimento. "A moça é educada demais, nossa, eu estava orando a Deus, pedindo a Deus para que me viesse uma pessoa tranquila", pontua Adriely. Entre os 200 funcionários estão brasileiros e outros imigrantes e todos passaram por avaliação e formação para esse tipo de atendimento.
Entre os imigrantes CPLP já foram atendidas 40 mil pessoas em todo o país. O trabalho começou há cerca de um mês, após um longo processo legislativo iniciado em outubro pelo Governo.
"Até agora, a avaliação que fazemos deste trabalho é positiva, temos cumprido com tudo aquilo a que nos propusemos desde o início da estrutura de missão, temos conseguido atender, até superar os números a que nos propunhamos atender", avalia ao DN Brasil o secretário de Estado-Adjunto da Presidência, Rui Armindo Freitas. O governante prevê que as metas serão cumpridas até junho, prazo proposto para encerramento do trabalho da estrutura de missão.
amanda.lima@dn.pt