Um evento na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) vai discutir, a partir sexta-feira (19), “Família, Imigração e Discriminação”. Um dos painéis tem como tema “Direitos dos Migrantes em Portugal: Desafios no Acesso à Justiça, Processos de Regularização e Proteção Familiar”. Serão dois dias de evento, sexta e sábado (22).A conferência vai contar com a presença de Pedro Gaspar, presidente da Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA). É também esperada a presença do ministro António Leitão Amaro ou um representante do Governo nesta área.Outros temas dos painéis do primeiro são “Imigração, Família e Discriminação: Desafios e Oportunidades no Contexto Atual”, “Imigração e Família: Políticas Migratórias e Combate à Discriminação em Portugal”, “Direito e Migração: Desafios Jurídicos na Proteção da Família Migrante e no Combate à Discriminação” e “Discriminação e Integração Familiar: O Papel das Ciências Sociais”.No segundo dia, as atividades começam com a discussão “Famílias migrantes: Desafios e Soluções para a Coesão Social nas Cidades”, seguida do painel “Migrações e políticas públicas no futuro das Famílias migrantes em Portugal” e “Compromisso das organizações da Sociedade Civil na Construção de uma Sociedade Inclusiva”.A promoção do evento é da Confederação Nacional das Associações de Família (CNAF), em parceria com a FDUL, o Centro de Cultura Jurídica Africana do Iuris - Instituto de Investigação Interdisciplinar da ULisboa e a Câmara Municipal de Oeiras.Reagrupamento familiarA não prioridade ao reagrupamento familiar, um direito previsto na lei portuguesa e nas diretrizes da União Europeia (UE) não é nova. No Governo anterior, durante mais de um ano não foram abertas vagas no antigo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Quando a Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) foi criada, foi dada a possibilidade de reagrupamento familiar para crianças que já estavam no território - e que podiam ser abrangidas por outros artigos da legislação. Mais de um ano depois, continuam de fora os casais sem filhos ou com filhos fora do território nacional.Com eleições antecipadas, o futuro do reagrupamento familiar vai depender de quem for eleito, já que a aplicação da lei depende da priorização desse direito na prática. A eleição está marcada para o dia 18 de maio.amanda.lima@dn.pt.O DN Brasil é uma seção do Diário de Notícias dedicada à comunidade brasileira que vive ou pretende viver em Portugal. Os textos são escritos em português do Brasil..Reagrupamento familiar de imigrantes vai continuar restrito e com sistema de vagas.AIMA esclarece que cartas enviadas com notificação de pagamento são verdadeiras