Caso foi publicado pela mãe nas redes sociais.
Caso foi publicado pela mãe nas redes sociais.Foto: DR

Embaixador do Brasil pede explicações ao Governo sobre providências tomadas no caso do aluno agredido

A Embaixada do Brasil em Lisboa e o Consulado-Geral do Brasil no Porto estão em contato com a família do estudante, destaca nota enviada às redações.
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O embaixador do Brasil em Lisboa, Raimundo Carreiro, solicitou ao Governo de Portugal informações sobre o caso do menino brasileiro que teve as pontas dos dedos amputadas por colegas na escola. Segundo comunicado de imprensa enviado ao DN Brasil, os pedidos de informação foram encaminhados à Ministra da Administração Interna e ao Ministro da Educação, Ciência e Inovação.

“O Embaixador do Brasil, Raimundo Carreiro Silva, dirigiu hoje (18/11) comunicações à Ministra da Administração Interna e ao Ministro da Educação, Ciência e Inovação de Portugal solicitando informações sobre as providências que estão sendo tomadas em relação ao caso, bem como acerca dos seus desdobramentos”, destaca o comunicado de imprensa.

A representação diplomática brasileira em Portugal classificou a situação como “lamentável”. Mais informou que tanto a Embaixada do Brasil em Lisboa quanto o Consulado-Geral do Brasil no Porto estão em contato com a família do estudante.

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O Consulado-Geral do Brasil no Porto colocou-se à disposição para prestar assistência jurídica e psicológica à família. O caso aconteceu na Escola Básica de Fonte Coberta, em Cinfães, município que pertence à jurisdição do Consulado-Geral do Brasil no Porto.

Repercussão

O caso está em toda a imprensa em Portugal e no Brasil e gerou uma onda de indignação - mas também de mais ataques virtuais à vítima e a mãe do menino. O pequeno José, de nove anos, teve as pontas dos dedos da mão decepadas ao ter a mão prensada na porta de um banheiro na escola.

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Segundo a mãe, Nívia Estevam,  o filho já havia sido vítima de outras violências no ambiente escolar, mas nenhuma medida teria sido tomada. Um dos prints publicados mostra a reação da escola após o incidente. "O sangue foi limpo para os outros meninos não andarem a pisar nem ficarem impressionados, e não foi tanto sangue assim", escreveu uma funcionária. Ela afirmou que a mãe estava "nervosa e revoltada, e até compreendia", mas pediu calma e disse que "foi um incidente que podia ter acontecido com qualquer menino".

A Inspeção-Geral da Educação informou esta semana que abriu um processo para averiguar as circunstâncias no caso e que foi "a pedido do diretor geral da Direção-Geral de Estabelecimentos Escolares”. Também foi aberto um inquérito interno na escola.

Uma equipe jurídica multidisciplinar voluntária foi formada para prestar apoio à criança e sua família. Este time acompanhará de perto todos os desdobramentos e prestará apoio técnico em todas as áreas necessárias: penal, civil, administrativa e psicológica.

amanda.lima@dn.pt

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