Banda fez o show que finalizou a noite no Castelo de Sines.
Banda fez o show que finalizou a noite no Castelo de Sines.Mário Pires/FMM

Com bandeiras de Pernambuco ao alto, Nação Zumbi sacudiu o Festival de Músicas do Mundo em Sines

Show da banda celebrou três décadas do histórico álbum “Da Lama ao Caos” e emocionou o público brasileiro no Alentejo.
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Como se não bastassem os 34°C que escaldaram a cidade de Sines na tarde da última sexta-feira (25), foi justo uma das principais bandas de maguebeat do Brasil a responsável por aquecer ainda mais o ambiente no município alentejano no penúltima dia do Festival de Músicas do Mundo (FMM).

Em uma noite na qual as bandeiras de Pernambuco se sobressaíram a qualquer outra no Castelo de Sines, um dos recintos do festival, a Nação Zumbi mostrou porque é das bandas mais respeitadas e admiradas no nordeste brasileiro, país afora e não, claro, em outros lugares do mundo.

Celebrando os 30 anos do histórico álbum 'Da Lama ao Caos', a banda saciou a nostalgia dos brasileiros que se deslocaram a Sines para o show que adentrou a madrugada na cidade alentejana. Praieira, O Caranguejo da Praia das Virtudes, Samba Makossa e a faixa homônima do álbum foram alguns dos hits performados pelo grupo que ainda mantém membros da formação original criada por Chico Science (1966-1997).

Na apresentação, que além da música também foi marcada por reivindicações políticas por partes do artistas - como protestos ao presidente estadunidense Donald Trump e o Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu - os membros da "velha guarda", Jorge Du Peixe, Dengue e Toca Ogan mostraram sintonia com os novos músicos da banda. De acordo com Carlos Seixas, diretor do festival, a presença de Nação Zumbi no FMM era um desejo de longa data: valeu a pena.

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Durante mais de uma hora de show, Nação Zumbi com a característica mistura de funk, rock, maracatu, psicadélico e música africana fez quem não conhecesse o som dançar e quem já conhecesse, se emocionar. "O Festival de Músicas do Mundo é um lugar onde o silêncio não existe, e o barulho é só amor", disse o próprio diretor do festival ao DN Brasil.

Após a apresentação da banda pernambucana, a música do FMM passou do Castelo de Sines para a Avenida Vasco da Gama, à beira-mar. Por ali, a banda chinesa Taiga, o suíço de origem marroquina Sami Galbi e a banda cabo-verdiana Fidjus Codé Di Dona finalizaram a madrugada na cidade alentejana.

Nação Zumbi foi a última atração brasileira a marcar presença no FMM, que ainda teve apresentações de Gabriele Leite, Bia Ferreira e Luca Argel representando o Brasil no mais multicultural festival de Portugal. Neste ano, na edição especial de 25 anos do festival, são 35 países representados entre Sines e Porto Covo.

O último dia do FMM é neste sábado, com apresentações entre às 16h30 e às 5h. Ainda há ingressos disponíveis para as derradeiras danças desta edição. As entradas podem ser adquiridas através deste link.

nuno.tibirica@dn.pt

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