Fabrizio Casaletti, irmão de Fábio Casaletti, irmão do roteirista representou Luís Dalvan na cerimônia.
Fabrizio Casaletti, irmão de Fábio Casaletti, irmão do roteirista representou Luís Dalvan na cerimônia.Foto: Reinaldo Rodrigues

Brasileiro vence concurso de documentários da TAP Portugal

Entre a Terra e o Céu foi o documentário mais votado no júri entre os cinco finalistas nesta categoria. Já na categoria ficção, o filme vencedor tem como tema a imigração de portugueses.
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O fotógrafo brasileiro Luís Dalvan foi o vencedor do concurso Altitude Film Fest, promovido pela TAP. Entre a Terra e o Céu foi o documentário mais votado entre os cinco finalistas da categoria. A divulgação dos resultados ocorreu em um evento realizado em Lisboa, nesta quarta-feira, 5 de novembro, Dia Mundial do Cinema.

Segundo Mário Cruz, chefe comercial da companhia, o objetivo da mostra é “transportar ideias, história, cultura portuguesa e a portugalidade pelo mundo”. E foi o brasileiro quem melhor retratou essa portugalidade, em um documentário que começa com uma imagem do fim de tarde no rio Tejo, na Ribeira das Naus, e uma voz com sotaque brasileiro: “Meu avô dizia: tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.

De acordo com a sinopse do documentário, Entre a Terra e o Céu é “um poema visual sobre a alma de Portugal, onde o tempo não passa — apenas respira. Entre vielas de pedra e o mar infinito, ecos do passado encontram um futuro que ainda não chegou. O farol guia os que partem e os traz de volta, como quem retorna a uma casa feita de água e céu”.
A obra poderá ser assistida a bordo das aeronaves da companhia até novembro de 2026.

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Aliás, os filmes foram exibidos ao longo do mês de outubro, com votação popular para a escolha dos vencedores — 60% da pontuação veio do público, enquanto os outros 40% ficaram a cargo do júri, composto por cinco especialistas em cinema.

Fabrizio Casaletti, irmão de Fábio Casaletti, roteirista do filme, representou Luís Dalvan na cerimônia e afirmou que o prêmio “é muito importante para o Brasil”. Além de um troféu — feito com peças de aviões da TAP —, o vencedor receberá uma bolsa de viagens no valor de 1.500 euros.

Já na categoria ficção, a vencedora foi a portuguesa Carla Miranda, com a obra Mãe. A obra retrata a imigração de portugueses em França.

Segundo a sinopse, o filme conta a história de Carmen, de 25 anos, artista e dançarina que retorna à casa dos pais para celebrar os 60 anos da mãe, Maria. Imersa no cotidiano fatigante dos pais — talhantes e imigrantes portugueses —, Carmen é confrontada pela dor e pela injustiça de uma vida moldada pela tradição e pelos sacrifícios maternos. Por amor, ela tentará reacender na mãe uma chama de esperança e liberdade.

A representante de Carla Miranda — que está no Brasil atualmente — afirmou que a obra foi inspirada “na família de Carla, especialmente nas mulheres da família” e “reflete uma realidade muito presente, que é a dos imigrantes em França”. O curta, de 20 minutos, foi filmado em Marselha e traz detalhes que dialogam com o Brasil — um fado cantado por uma brasileira e uma bossa nova. Em uma das cenas, ao som de um samba, mãe e filha dançam no jardim durante o pôr do sol.

amanda.lima@dn.pt

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