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Aveiro recebe mostra de teatro brasileiro Todos São Palco
Rogério Bandeira atua na peça "Hamlet 16x8", de Marco Antonio Rodrigues. Foto: Pio Figueiredo

Aveiro recebe mostra de teatro brasileiro Todos São Palco

A sequência de espetáculos começa no dia 18 de outubro, às 21h30, com a estreia nacional do solo Hamlet 16x8, encenado por Marco Antonio Rodrigues.

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por DN Brasil

Texto: DN Brasil

A cidade de Aveiro recebe, a partir desta sexta-feira (18), a mostra de teatro brasileiro Todos São Palco, que contará com a apresentação de três espetáculos vindos do Brasil até o próximo dia 26 de outubro. As apresentações ocorrem no Teatro Aveirense, em uma iniciativa da câmara da cidade integrada na programação de Aveiro 2024 - Capital Portuguesa da Cultura.

A sequência de espetáculos começa no dia 18 de outubro, às 21h30, com a estreia nacional da peça Hamlet 16x8, encenado por Marco Antonio Rodrigues e interpretado por Rogério Bandeira. A obra tem por base Hamlet e o Filho do Padeiro: Memórias Imaginadas, um livro de memórias e experiências de Augusto Boal, um dos mais influentes dramaturgos brasileiros e que esteve exilado em Portugal durante a ditadura militar. Recentemente, aliás, a peça Revolução na América do Sul, uma criação de Boal, esteve em cartaz no país.

"A biografia do Boal é interessante porque é em cima do Hamlet, que é o personagem que duvida, que tem dificuldade para tomar decisões. Ele (Boal) vai contando várias histórias na autobiografia, explicando como ele vai reformulando a leitura dele sobre o teatro político, o teatro de intervenção, como o Teatro Jornal, o Teatro Fórum, que são categorias de teatro que ele vai sistematizando, inventando e que fazem parte do Teatro do Oprimido", conta ao DN Brasil o encenador Marco Antonio Rodrigues.

Vivendo com um pé no Brasil e outro em Portugal, país no qual ele diz passar "seis meses a cada dois ou três anos" desde 2005, Marco Antonio Rodrigues está há um ano em Coimbra, onde também apresenta o espetáculo no dia 21 de outubro - nos dias 19 e 2o a peça é apresentada, respectivamente, na Marinha Grande e em Santarém. Para Rodrigues, com longa carreira no teatro no Brasil e em Portugal, há um "acolhimento" aqui, em iniciativas como o Todos São Palco, que fazem o teatro em Portugal ter um enfoque mais adequado, mesmo que com menos recursos que no Brasil.

"Eles (portugueses) tem toda uma programação de acolhimento, de produção, de conhecimento, e isso no Brasil não funciona assim, pelo menos não em São Paulo,  que é o lugar que eu mais conheço. Não que não tenha recurso para a produção: hoje em dia tem a Lei de Fomento, tem o PROAC, o Prêmio Zé Renato, fora outras questões federais, como a Lei Roanet, o edital da Petrobras. Tem muito mais dinheiro, eu diria, do que aqui. Só que existe essa diferença de enfoque, de abordagem. Numa perspectiva teatral, eu acho que a daqui é mais adequada", pontua Rodrigues.

Após a estreia com a peça encenada por Rodrigues, a mostra de Aveiro recebe, no dia 24 de outubro, às 21h30, o espetáculo Paranoia, em que o ator Marcelo Drummond interpreta os poemas do livro homônimo de Roberto Piva. Paranoia é a obra mais conhecida do poeta paulistano, na qual o autor se revela como um andarilho que percorre o centro da metrópole, uma cidade mítica e libidinosa com um dinâmico e subterrâneo mundo homoerótico. 

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Por fim, no dia 26 de outubro, às 21h30, o público poderá assistir a Esperando Godot, uma adaptação do Teatro Oficina, pela mão de José Celso Martinez Corrêa – conhecido por Zé Celso –, mais uma das maiores figuras do teatro brasileiro e que também esteve exilado em Portugal no pós-25 de Abril. O dramaturgo, que morreu no ano passado aos 86 anos, transformou o clássico de Samuel Beckett em uma obra urgente e atualíssima, com a incorporação de temas e personagens que contracenam com a vida no Brasil de hoje. 

Ainda no âmbito da mostra Todos São Palco, a Teatro Oficina dará um workshop, em que os artistas da companhia irão compartilhar os métodos de criação teatral, musical e plástica usados pelo grupo. A formação terá como modelo O Bailado do Deus Morto, uma peça experimental de Flávio de Carvalho, montada na forma de espetáculo ritual, com direção de Marcelo Drummond. No fim do estágio será feita uma apresentação informal do resultado dos trabalhos.

A iniciativa é dirigida a maiores de 14 anos com experiência em teatro amador, escolar ou profissional e decorre entre 21 e 24 de outubro, das 18h30 às 22h30, no Teatro Aveirense. As inscrições podem ser feitas através do email agenio@cm-aveiro.pt.

dnbrasil@dn.pt

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