Mudança afeta tanto os turistas que visitam o país quanto residentes que recebem dinheiro do Brasil.
Mudança afeta tanto os turistas que visitam o país quanto residentes que recebem dinheiro do Brasil.Foto: Reinaldo Rodrigues

Aumento do IOF afeta brasileiros que vivem em Portugal e turistas

Transferências para o país ficaram mais caras, assim como viajar para o país, no caso dos turistas.
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O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no Brasil tem repercussão para brasileiros que vivem em Portugal. O imposto afeta, especialmente, operações financeiras, como compra de moedas estrangeiras, transferências para o exterior e tarifas de cartões de crédito.

Marcelo Sá, diretor de negócios da Braza Bank, explica ao DN Brasil que o brasileiro mais afetado em Portugal é aquele que recebem dinheiro do Brasil. "O IOF era, via de regra, de 1,10%. Agora, pode passar para até 3,5%", resume.

O especialista dá como exemplo o pai que está ajudando a pagar os estudos de um filho em Portugal. "Imaginemos que um pai está no Brasil pagando a um filho no exterior para ele poder estudar ou coisa do gênero. Antes o imposto era 0,38%, agora foi para 3,5%. O custo aumenta muito", analisa.

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De acordo com Marcelo, existe um discurso errado de que o IOF é um imposto apenas "para ricos" e não também da classe média. "Mas não são só os ricos, as pessoas de classe média ou classe média baixa usam essas transferências", pontua. Segundo o diretor, a situação se agrava com a desvalorização do real por "N motivos", como políticas fiscais e contextos geopolíticos. A subida na tarefa também tem impacto, por exemplo, em aposentados que vivem em Portugal e empresários com rendimentos no Brasil.

Turismo

Pessoas que viajam para o exterior também são afetadas diretamente pelo aumento da tarifa. Sendo Portugal um destino comum para brasileiros - até mesmo para visitar amigos e familiares que vivem no país - é preciso preparar o bolso. "Para quem usa o cartão de crédito não mexe muito, mas muda para quem prefere o dinheiro vivo", detalha.

A taxa de câmbio (para trocar euros por reais), inclui o IOF, que antes era de 1,10% e agora vai para 2,4%. No caso do PIX, cada vez mais aceito em Portugal, o aumento é ainda maior: passa de 0,38% para 3,12%.

E como minimizar os prejuízos? Segundo Marcelo, primeiro, é preciso estar atento ao noticiário. "Estar atento às notícias, ou seja, ver efetivamente o que está sendo aprovado no Brasil, quais são as vantagens, desvantagens", recomenda. Depois, diz uma regra que considera "básica" em literacia financeira. "O dinheiro não aceita desaforo. A gente tem que tomar muito cuidado, cada um sabe o dinheiro que tem e o que demorou para ganhar esse dinheiro, se você quer adotar outra estrada para o envio do dinheiro, você precisa precisa conhecer esse caminho, ver se é confiável", explica.

*Colaborou Caroline Ribeiro

amanda.lima@dn.pt

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