AIMA "está a analisar" se expande marcações online
A Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) "está a analisar os casos em que o recurso ao serviço online seja de facto uma mais valia para os cidadãos estrangeiros e para o bom desenvolvimento dos processos". A resposta foi à pergunta do DN Brasil sobre agendamentos não incluídos no formulário de pedido de agendamento, lançado recentemente pela agência.
Este serviço, disponível aqui, possui duas opções de marcação: para quem possui visto CPLP e para quem possui autorização de residência. O objetivo é solicitar online uma marcação presencial.
No entanto, algumas das marcações com mais dificuldade de vagas ficaram de fora da ferramenta. É o caso dos imigrantes que chegam ao país com visto, seja de procura de trabalho, rendimentos próprios ou nômade digital, e não conseguem um horário na AIMA para obter o título de residência.
O DN Brasil tem recebido diversos relatos de brasileiros que chegam com visto de procura de trabalho e não conseguem agendar na agência, o que prejudica a validade do visto, que permite ficar no país apenas se a pessoa arranjar um emprego com contrato de trabalho.
O novo serviço, comemorado por imigrantes, também foi criticado por ainda ser muito limitado. Sobre reportes de erros na tentativa de agendamento, a AIMA respondeu ao DN Brasil que "até ao presente, não nos foi reportada qualquer reclamação em relação a problemas com este serviço".
O novo formulário de contato deixa de fora opções de atendimento como renovação de residência, uma das mais preocupa imigrantes. São milhares de pessoas que estão com o documento vencido, porque a plataforma de renovação online deixou de funcionar no ano passado. Ao DN Brasil, o Governo afirmou que as renovações "eram a próxima prioridade" e seriam resolvidas "brevemente". No entanto, o cenário é incerto por causa das eleições antecipadas em maio.
amanda.lima@dn.pt