Texto: Agência Lusa / DN Brasil.As reprovações de estudantes estrangeiros que cursam o ensino médio em Portugal, o chamado "secundário", estão diminuindo, mas 40% deles não conseguem passar de ano, segundo dados do ministério da Educação..O ensino secundário português tem duração de três anos, mesmo período do ensino médio no Brasil. Números do portal Infoescolas, que se baseiam em informações repassadas pelas escolas e pelo Júri Nacional de Exames, mostram que 60% dos imigrantes concluíram os cursos científico-humanísticos do secundário em três anos no ano letivo de 2021/2022, .Nos últimos três anos, houve um aumento gradual dos que conseguiram concluir o secundário no tempo esperado. Em 2019/2020 eram apenas 47% e no ano seguinte já eram 54% do total..Os estrangeiros representavam apenas 6% do total de alunos do ensino secundário que frequentavam as 589 escolas da área continental de Portugal no ano letivo 2021/22..Nesse ano, 81% de todos os alunos inscritos conseguiram terminar o secundário sem nunca perder um ano. Porém, o sucesso é menor nas escolas situadas em zonas econômica e socialmente mais desfavorecidas, conhecidas como escolas em Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP)..Há uma pequena diferença de um ponto percentual entre o universo de todos os alunos (80%) e os que frequentavam as escolas TEIP (79%)..Olhando apenas para os alunos mais vulneráveis, os dados mostram que frequentar uma escola que está fora de uma área mais pobre é benéfico, uma vez que a taxa de sucesso dos alunos que frequentam as escolas TEIP é de 75%, um ponto percentual abaixo dos alunos com Apoio Social Escolar que frequentam as outras escolas (76%)..Também entre os alunos mais pobres houve uma melhoria ao longo dos três anos em análise, passando de uma taxa de sucesso de 62% no ano letivo de 2019/2020 para 76%..Os dados mostram ainda que os alunos do curso de ciências e tecnologias são os que menos reprovam (82% terminaram no tempo esperado), seguindo-se os de Línguas e Humanidades (78%), Ciências Socioeconômicas (78%) e Artes Visuais (74%), segundo dados de 2021/2022..caroline.ribeiro@dn.pt