"Um ano de conquistas", diz brasileira apoiada por programa de contratação para pessoas desempregadas
A vida da brasileira Ana Cássia Gouveia não é a mesma desde o ano passado. A imigrante, que chegou a Portugal na pandemia e estava sem emprego em 2024, agora tem uma vida estável e "independência emocional". Ana foi uma das 1.088 mulheres contratadas pelo programa Incorpora, que ajuda a inserir no mercado de trabalho pessoas em vulnerabilidade social.
Ao DN Brasil, a profissional destaca conta que conheceu a iniciativa por acaso. "Me desloquei à Instituição Centro de Educação Especial O Ninho, com objetivo de procurar emprego e me informaram do Programa Incorpora, que ajudava na minha situação. Nesse mesmo dia ficou agendado um primeiro atendimento com as técnicas".
Ana passou em todos os testes e foi contratada para trabalhar como operadora fabril na Fábrica Nobre. A brasileira desempenha a função de fatiar e embalar alimentos ,como, por exemplo, fiambre, chourição, mortadela, produtos veganos e outros, além da limpeza das máquinas.
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Segundo a imigrante, o Programa Incorpora da Fundação “la Caixa”, além do emprego, a fez "repensar alguns conceitos/ perspetivas", e que sente "muito respeito e gratidão". Com a estabilidade profissional, conseguiu tirar a carteira de habilitação, comprar um carro e ter casa própria.
Segundo Bruno Coutinho, gestor de Incorpora Portugal, o foco da iniciativa é "colocar frente-a-frente as necessidades de contratação de RH das empresas e as pessoas dotadas de um conjunto de competências e de experiências, mas que pela sua situação e/ou condição e, muitas vezes pelo preconceito e estigma da sociedade, têm mais dificuldade em aceder ao mercado de trabalho". O programa é da fundação “la Caixa” e nasceu na Espanha em 2006.
Desde 2018 e até dezembro do ano passado, quase 9.500 pessoas encontraram um emprego em Portugal através da iniciativa. Para o futuro, o gestor pontua que o objetivo é "continuar a alargar a nossa rede de entidades sociais, garantindo uma maior cobertura territorial e prestando um serviço cada vez mais eficaz, eficiente e com potencial de impacto".
Para os imigrantes que estão em busca de um emprego, Ana Cássia recomenda que tenham "muita resiliência, disposição para trabalhar e muito respeito ao próximo e ao país que nos recebeu", além de procurar o programa Incorpora.
amanda.lima@dn.pt