Ronaldinho proporciona domingo de futebol brasileiro em Lisboa
O craque comandou em Lisboa o Jogo dos Famosos, uma disputa de amigos jogadores para celebrar a paixão pelo futebol.
Texto: Amanda Lima e Nuno Tibiriçá
Fotos: Álvaro Isidoro
Na entrada do estádio José Gomes, casa do Estrela da Amadora, o carioca Márcio Silva vende bandeiras e faixas de time. Poderia ser só um domingo de futebol normal, mas as faixas à venda não eram de equipes portuguesas: era do Flamengo, time por onde passou Ronaldinho Gaúcho, o Bruxo. O craque comandou em Lisboa o Jogo dos Famosos, uma disputa de amigos jogadores para celebrar a paixão pelo futebol. Os brasileiros, em especial, foram a maioria do público e atenderam ao chamado vindo do outro lado do Atlântico para assistir à partida.
Nas bancadas, muitas camisetas de times como Grêmio, Flamengo, Atlético Mineiro e outros, além da clássica camisa verde e amarela da seleção brasileira. Os portugueses também usaram as chamadas camisolas, como do Sporting, Benfica e Porto. Todos vieram vestidos à caráter para acompanhar o duelo amistoso entre os times das duas principais estrelas, Ronaldinho Gaúcho e Ricardo Quaresma. Cada craque convidou outros jogadores e amigos famosos, como artistas, músicos e influencers para formação dos times.
Foi a primeira em Portugal e a estreia também na Europa. Os organizadores escolheram logo um país com grande número de brasileiros e também de portugueses apaixonados pela bola. O DN Brasil conversou com vários torcedores de cidades diversas de Portugal que vieram ver os ídolos de perto. O mais esperado era o Bruxo. Os pequenos Antônio, 2 anos e Hariel, de 7 anos, foram trazidos pela família diretamente do Porto para ver o ídolo de perto. Muitas eram as faixas e cartazes pedindo uma foto e autógrafo do jogador, que foi recepcionado em campo pela escola “Corvo Prata”.
Reencontros
Ronaldinho Gaúcho mostrou logo na convocação para o amistoso que não estava de brincadeira e chamou três jogadores, que, assim como o próprio, foram campeões mundiais em 2002: Anderson Polga, Edilson e Luizão. Polga, aliás, assim como outros presentes na Amadora, teve seu reencontro com o Estádio José Gomes. O ex-zagueiro vestiu a camisa do Sporting entre 2003 e 2012.
“Foram quase 10 anos em Lisboa, então tenho um carinho enorme, voltar é sempre especial. Joguei muito nesse estádio. Campinho difícil, viu? Torcida apaixonada, Portugal tem equipes históricas”, falou o ex-zagueiro.
Edilson, outro que teve passagem pelo futebol português - esteve no Benfica entre 1994 e 1995 - foi outro que se mostrou animado dentro e fora de campo. Sendo municiado por Ronaldinho, Edilson levou a melhor para cima dos zagueiros adversários e fez valer o seu apelido de “Capeta”. Em conversa ao DN Brasil, ainda brincou com Quaresma ao ser perguntado quem era melhor.
“Eu sou pentacampeão mundial, né?”, brincou o sempre carismático ex-atacante, antes de completar: “Muito feliz de estar em Portugal, sou muito grato pelo tempo aqui no Benfica. Conheci lendas do futebol português no tempo que eu estive lá, como o Neno e o grande Eusébio. E inclusive marquei gol aqui! Hoje tem mais”, profetizou Edilson que, de fato, deixou a sua marca no jogo beneficente.
Helton, goleiro que fez história no Porto também marcou presença no amistoso, mas não entrou em campo: “Deixei as luvas no carro”, brincou o ex-goleiro, que ainda hoje reside na cidade do Norte de Portugal, onde gere uma escola para formação de goleiros.
No final, os amigos do Quaresma levaram a melhor e Portugal venceu a partida.
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