"O público português é aficionado pela MPB"
Luís Montez, produtor do Festival Jardins do Marquês, exalta artistas brasileiros em entrevista ao DN Brasil.
Texto: Nuno Tibiriçá
O Festival Jardins do Marquês, realizado no Oeiras Valley, inicia sua programação a partir da próxima terça-feira (3) com um cartaz recheado de artistas brasileiros. Preparando a quarta edição do evento, Luís Montez, o CEO da produtora Música no Coração, que organiza o festival, falou ao DN Brasil.
“De fato, é uma grande marca do festival (a presença de artistas brasileiros e de outros países de língua portuguesa). Na grande Lisboa, existe uma grande comunidade da lusofonia e, portanto, tem esse público com essa vontade de matar as saudades. Além, é claro, do público português, que é um aficionado da música popular brasileira e dos ritmos quentes da lusofonia”, conta Luís Montez.
Durante a programação do festival, serão oito atrações brasileiras (sete artistas e uma banda). Todos foram exaltados pelo CEO da produtora.
“É um cartaz fortíssimo: temos Toquinho, grande mestre, que convida a Camilla Faustino para cantar com ele os sucessos da Bossa Nova. A Joyce Cândido, um novo talento brasileiro, que já fez em Portugal um espetáculo de homenagem ao Chico Buarque. Temos a Stacey (Kent), que é uma americana que vem tocar Jobim junto com o Danilo Caymmi. Adriana Calcanhotto, a nossa doutora de Coimbra… vão ser noites muito bonitas. E no dia 10 de julho vamos fechar com chave de ouro, com um grande show do Djavan, um “best of” da carreira dele e, por fim, os históricos músicos da banda A Cor do Som”, diz Montez com entusiasmo.
Além dos artistas que vem do Brasil para atuar, alguns que já vivem em Portugal e tem feito o nome no cenário artístico por aqui também marcam presença nos Jardins do Marquês.
“O Leo Middea é um nome emergente da música brasileira que vive em Portugal e já tem muitos fãs por aqui. Além do Yamandu Costa, claro, que já participou em outras edições e acaba de lançar um disco com o António Zambujo.”, completa.
A expectativa de público, segundo Montez, é de quatro a cinco mil pessoas por cada noite de evento, que será realizado de 3 a 10 de julho, com uma pausa na programação no dia 8. A dica é chegar cedo para aproveitar o Jardim do Marquês e pegar os melhores lugares para os show - na maioria dos espetáculos, o público fica sentado.
“Temos uma zona de lounge, de restauração mais VIP, para as pessoas que quiserem ter uma tenda com vista para o palco principal. Tem consumo mínimo de 25 euros. Temos lá bons vinhos, licores e várias opções gastronômicas. Aconselho ao público em geral irem o mais cedo possível, por volta das 18h, 18h30 para se ambientarem. Até porque não acaba tarde, à meia-noite terminam os concertos.”
Com 32 anos de existência, a produtora do festival Jardins do Marquês tem suas raízes ligadas ao Brasil desde os primeiros passos no mercado do entretenimento em Portugal. Algo que é orgulhosamente lembrado por Luís Montez.
“Só uma curiosidade: o primeiro show que realizamos, mais de 30 anos atrás, foi o da Marisa Monte. Ela é madrinha da Música no Coração”, conta o CEO da produtora, que também organiza festivais como o Meo Sudoeste e o Super Bock, Super Rock.
Os ingressos para o festival Jardins do Marquês estão disponíveis para venda neste link. O preço varia entre os €25 e €70.
nuno.tibirica@dn.pt