Texto: DN Brasil.Os institutos Supereco e Pró-Muriqui, de São Paulo, e o Laboratório da Paisagem de Guimarães, cidade do norte de Portugal, assinaram um acordo que forma a “Aliança de Cooperação Técnica Internacional e Apoio Interinstitucional para a Mata Atlântica”..As três entidades, que atuam na área de conservação socioambiental, pretendem desenvolver trabalho colaborativo, intercâmbio de pesquisadores, estudantes e técnicos de educação ambiental. A parceria também prevê a realização de eventos que contribuam com capacitação, divulgação de desafios e de boas-práticas, candidatura conjunta a fontes de financiamento e trabalhos em rede com outras instituições que atuam na Mata Atlântica..Um dos biomas mais ricos do mundo, a Mata Atlântica brasileira tem, hoje, menos de 12,5% da extensão original remanescente. Foi a primeira área de vegetação a sofrer com a exploração durante a colonização do Brasil. Com o passar dos séculos, desmatamento ilegal, tráfico de plantas e de animais, caça e pesca predatórias e turismo desordenado agravaram ainda mais a situação do bioma, que concentra, sozinho, mais de 35% de todas as espécies de plantas do país..Para a presidente do Instituto Supereco, Andrée Vieira, a Aliança “traz uma escala global para a importância do intercâmbio de pesquisa, metodologias e boas práticas para a recuperação e conservação de um dos biomas mais ricos em biodiversidade, serviços ambientais e prosperidade para todas as comunidades de vida do planeta”..Adelina Pinto, presidente do Laboratório da Paisagem, e Andrée Vieira, presidente do Instituto Supereco. Foto: Divulgação..Adelina Pinto, presidente do Laboratório da Paisagem, realça que a parceria “é muito benéfica para as entidades envolvidas, pela partilha que proporcionará, quer ao nível da educação ambiental, mas também da investigação, sobretudo na área da biodiversidade"..O Laboratório da Paisagem, fundado em 2014, assenta o seu trabalho em pesquisa e desenvolvimento e na educação ambiental. O Instituto Supereco, com sede no litoral paulista, existe desde 1994 e é uma referência no desenvolvimento de programas educativos, sociais, ambientais e culturais, especialmente na Mata Atlântica. Já o Instituto Pró-Muriqui, fundado em 2000, com sede em São Miguel Arcanjo, conta com investigação científica aplicada à conservação biológica do Muriqui-do-sul, um primata em perigo crítico de extinção..dnbrasil@dn.pt.Leia mais