Faxineiro, atendente e garçom: a trajetória de um advogado em Portugal
Em 2016, quando chegou ao país, usava uniforme e luvas no trabalho, que era limpar, de cima a baixo, inclusive a cozinha, uma unidade de fast food com 160 lugares.
Texto: Amanda Lima
A rotina profissional advogado brasileiro Gustavo Carneiro hoje é de atender clientes, acompanhar imigrantes na Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) e outros serviços comuns de profissionais desta área no país. Usa terno ou roupas sociais típicas da classe. Em 2016, quando chegou ao país, o dia a dia era bem diferente. Usava uniforme e luvas no trabalho, que era limpar, de cima a baixo, inclusive a cozinha, uma unidade de fast food com 160 lugares.
Este foi o primeiro emprego do advogado no novo país, vivendo com a esposa e um filho. Um bebê em alguns meses ia aumentar a família, mas só descobriram no meio do caminho. O trabalho nas limpezas não foi único até conseguir advogar.
A lista ainda inclui ser garçom em um café - ao lado da esposa, que tinha acabado de dar à luz - e trabalhar como atendente de um supermercado até conseguir fazer a transição para a advocacia, no final de 2017. Foi somente em meados de 2018 que o brasileiro conseguiu finalmente dedicar-se totalmente à formação que tinha no Brasil.
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Hoje, Gustavo olha pra trás e não se arrepende. Mas tira lições. Dos atendimentos que realiza de planejamento imigratório com os clientes, não esconde a realidade, nem as dificuldades enfrentadas hoje, em um cenário diferente de 2016, quando chegou.
Ouça/assista a história completa de Gustavo, o convidado desta semana no podcast do DN Brasil.
amanda.lima@dn.pt