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Opinião: Brasil recebe a cimeira G20

"Portugal participará como convidado do Brasil, em mais um acertado gesto para essa importante e promissora aproximação entre os dois países. Em Lisboa, no decorrer desta semana deu-se mais um passo com o anúncio do início do funcionamento da Casa Brasil".

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Opinião: Brasil recebe a cimeira G20
Praça Mauá será espaço será de livre circulação na cidade do G20. Foto: Franciéli Barcellos/G20 Brasil

Texto: Paulo Dalla Nora Macedo, economista

Por alguns dias na próxima semana, o Rio de Janeiro, uma das cidades globais mais belas e únicas do mundo, que no passado foi a capital do Império português e do Brasil, será o centro do mundo político: no mesmo espaço estarão os Presidentes dos EUA e China, assim como da França e os Primeiros-ministros da Alemanha e Inglaterra, a Presidente da Comissão Europeia e o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, entre outros. 

É a primeira vez na história que o Brasil preside e sedia uma cimeira do G20, grupo que congrega as 19 maiores economias do mundo a que se junta a União Africana e a União Europeia. O fato é indiscutivelmente uma prova da crescente importância que o Brasil, sétima economia do mundo, vem conquistando no cenário geopolítico global. Estarei lá em parceria com o DN Brasil para trazer uma visão do impactos do encontro nas relações do Brasil e Portugal.

Portugal participará como convidado do Brasil, em mais um acertado gesto para essa importante e promissora aproximação entre os dois países. Em Lisboa, no decorrer desta semana deu-se mais um passo com o anúncio do início do funcionamento da Casa Brasil, um hub perto da Avenida da Liberdade que vai abrigar vários órgãos brasileiros que tem interesse numa maior interação comercial com Portugal e com a Europa.

Nas partes positivas para o Brasil decorrentes deste encontro, há um amplo consenso político mundial de que o Brasil pode exercer um papel relevante de liderança nas questões climáticas: a Amazónica e o investimento que fez em fontes limpas de energia dão-lhe autoridade moral para exercer uma liderança diplomática nesse vetor. O terceiro governo Lula conseguiu reduzir muito o desmatamento da Amazónia e o país já gera, há já algum tempo, a grande maioria da sua eletricidade com uma matriz energética limpa e renovável.

Outro tema no qual o Brasil tem peso diplomático, pelo bom histórico das suas políticas públicas, é a luta contra a fome. Durante o G20, o país lançará uma aliança internacional contra a fome, à qual Portugal já confirmou a adesão. Esse tema sempre esteve perto do coração do Presidente Lula da Silva, em função da sua história pessoal de dificuldades na infância.

Entretanto, a eleição de Donald Trump “desarrumou” toda a programação dessa cimeira, que arrisca virar um encontro de líderes mundiais tentando adivinhar o que Trump fará ou não. Uma paralisação gerada pela angústia...

Se isso acontecer será uma grande oportunidade perdida, como salientou o ex-Presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Durão Barroso, em entrevista à comunicação social em Portugal na semana passada, "está na hora da Europa amadurecer e deixar morar na casa dos pais". O racional por trás desse pensamento é claro: os EUA não serão mais fiadores da segurança do bloco via NATO.

Apesar de ser um risco em muitos aspetos, é preciso perceber que essa realidade se apresenta como uma oportunidade para uma maior aproximação do Brasil com Portugal e Europa. O Brasil claramente não pode substituir os EUA em relevância como parceiro comercial da Europa, mas pode ser um dos importantes aliados para suprir o vácuo que a retração dos EUA fatalmente causaria. E, Portugal pode ser um parceiro especial para o Brasil como a porta de entrada para a Europa. Desde a minha chegada a Portugal em março de 2022 tenho defendido essa visão.

Recentemente a Embraer, fabricante de aviões brasileira e no mundo atrás apenas de Boeing e Airbus, anunciou que pretende expandir a sua atuação no mercado de defesa na Europa, que vai precisar investir bastante, e deve escolher Portugal como a base para isso. Assim como esse existem diversos outros exemplos. Será preciso saber aproveitá-los.

Paulo Dalla Nora Macedo é brasileiro, radicado em Lisboa. É economista de formação e empresário. Tem mais de 20 anos de experiência atuando em instituições multilaterais, relações governamentais e investimentos de impacto.

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