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Pesquisa quer identificar formas cotidianas de racismo em Portugal
Manifestação contra o racismo em Lisboa, fevereiro de 2024. Foto: Carlos Pimentel / Global Imagens.

Pesquisa quer identificar formas cotidianas de racismo em Portugal

O foco do projeto é o corpo, que, segundo os pesquisadores, é alvo de "uma das formas mais comuns de racismo, a agressão sub-reptícia.

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por DN Brasil

Texto: Caroline Ribeiro

Pessoas negras, afrodescendentes, afro-portuguesas e/ou de origem africana residentes em Portugal podem responder, até dia 8 de setembro ao questionário Racismo Quotidiano em Portugal, pesquisa desenvolvido pelo Projeto AGRRIN - Corpos geradores: da agressão à insurgência. Contributos para uma pedagogia decolonial.

O projeto é realizado pelo Departamento de Museologia da Universidade Lusófona, no âmbito do CeIED – Centro de Estudos Interdisciplinares de Educação e Desenvolvimento, e quer obter "um diagnóstico sobre quais as manifestações cotidianas de racismo mais frequentes em Portugal, em que locais isto ocorre mais e quais as formas de insurgência contra tais condutas", explica o grupo organizador ao DN Brasil.

O foco do projeto é o corpo, que, segundo os pesquisadores, é alvo de "uma das formas mais comuns de racismo, a agressão sub-reptícia, nomeada também como racismo aversivo, racismo quotidiano ou micro-agressão. Este tipo de violência está associado à materialidade corporal de pessoas racializadas".

"Neste sentido, trabalhamos com os conceitos de (micro)agressões cotidianas, as quais podem ser categorizadas como ataques, insultos e invalidações. Os ataques são caracterizados por difamações conscientes e intencionais, através de termos depreciativos, comentários ou 'piadas' racistas, depreciações raciais explícitas, ataque violento, verbal ou não verbal, ações propositadamente discriminatórias. Os insultos são comportamentos, observações e comunicações verbais que transmitem grosseria, rudeza, insensibilidade de forma 'sutil' em relação a cor, etnia, identidade ou origem da pessoa. Por fim, as invalidações tratam-se de comunicações que excluem, negam ou anulam os pensamentos, os sentimentos, as realidades vividas ou as experiências das pessoas racializadas", informam os pesquisadores.
Imagem de divulgação.

Além da pesquisa, o projeto AGRRIN, que dura até junho de 2025, organiza outras atividades em torno do tema, como exposições, rodas de conversa, entrevistas, grupos focais e seminários acadêmicos. Oportunidades em que os pesquisadores entram em contato com experiências que comprovam "que é indiscutível que as agressões racistas geram dor e sofrimento psíquico de longo prazo a quem é vítima", dizem.

O projeto também promove o corpo, sendo o primeiro alvo das agressões, como o primeiro local para a "insurgência", ou seja, formas de combate à discriminação racial.

A pesquisa pode ser respondida aqui. Mais informações sobre o projeto estão disponíveis neste site.

caroline.ribeiro@dn.pt

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