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Peça criada por brasileiros estreia nesta sexta-feira em Lisboa
Nylon Princeso é um dos atores de Palimpsesto - O que se apaga para escrever de novo?”. Foto: Alexandre Paixão

Peça criada por brasileiros estreia nesta sexta-feira em Lisboa

Espetáculo “Palimpsesto - O que se apaga para escrever de novo?” é uma criação teatral de Lucas França com dramaturgia de Maria Giulia Pinheiro, ambos imigrantes radicados em Portugal

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por DN Brasil

Texto: DN Brasil

Foi a partir de uma pesquisa intensa em zonas de Lisboa como Alfama, Mouraria, Amadora e Oeiras que nasceu o espetáculo “Palimpsesto - O que se apaga para escrever de novo?”, que estreia nesta sexta-feira (26), na Biblioteca de Alcântara. Com criação teatral de Lucas França e dramaturgia de Maria Giulia Pinheiro - ambos brasileiros radicados em Portugal - a peça busca fazer uma reflexão acerca das transformações contemporâneas causadas pela gentrificação em zonas tão culturalmente ricas da capital portuguesa.

A origem da palavra que dá nome a peça vem da Idade Média e significa um pergaminho que tinha seu texto apagado e poderia ser reutilizado. A metáfora dos tais palimpsestos, portanto, foi utilizada para explorar camadas da identidade e história portuguesa, em constante transformação nas zonas exploradas pelos criadores. 

“Ao longo de nossa residência artística neste local (Jardim da Biblioteca de Alcântara), temos explorado a tessitura da cidade, integrando elementos de forma intermidiática na encenação para refletir sobre a história urbana de Lisboa, utilizando a metáfora do palimpsesto que nos revela camadas tanto individuais quanto comunitárias da cidade”, declarou em nota Lucas França. 

Produzida por imigrantes, mas também com participação de artistas portugueses, o espetáculo procura desafiar o público a refletir sobre as dinâmicas entre o centro e a periferia de Lisboa e o passado e o futuro da capital portuguesa com tanta afluência cultural na contemporaneidade. Os artistas debatem questões sobre nacionalidade, ocupação de território e identidade nacional e refletem sobre o que é “ser português”.

“Enquanto migrantes, que colaboram para a cidade pulsar, mas que não foram forjados, necessariamente, nas arestas desse lugar, nós podemos nos permitir definir as fronteiras? Quem pode fazê-lo? Palimpsesto é uma peça teatral em tom de comédia que desafia algumas percepções sobre o que é nacionalidade, fronteira e cidadania, a partir da fricção entre a cidade de Lisboa e o sistema econômico que retira dos cidadãos a vontade de união e transformação coletiva. Mais do que responder, queremos com a performance provocar reflexões sobre outras possibilidades de convívio e de imaginação coletiva do futuro a ser escrito nesse nosso palimpsesto chamado Lisboa”, pontuou a dramaturga Maria Giulia Pinheiro. 

Com quatro personagens centrais, a peça apresenta um retrato de Portugal em conflito com si próprio e com seu passado colonial. O elenco, composto por Marina Campanatti, Nylon Princeso, Hugo Vasconcelos e João Pecegueiro, traz à vida diálogos acalorados e monólogos introspectivos, revelando a tensão entre a memória do passado e a busca por uma identidade nacional renovada. 

Cartaz de“Palimpsesto - O que se apaga para escrever de novo?”. Foto: Divulgação

Enquanto algumas personagens celebram a grandeza e o orgulho histórico de Portugal, outras confrontam os aspectos sombrios do seu legado colonial e a desigualdade que persiste na sociedade contemporânea. A peça acaba com uma reflexão coletiva sobre identidade, nação e fracasso, questionando a validade do conceito de fronteiras e da noção de nacionalidade.

“Através dessa performance, buscamos não apenas entreter, mas também provocar uma reflexão profunda sobre o papel dos espaços públicos na construção de uma Lisboa mais justa e igualitária, um convite para que cada espectadora e espectador se reconecte com sua cidade e sua história de maneira crítica e reflexiva”, finalizou Lucas França.

Com apoio do Governo português, Direção Geral das Artes, Fundação GDA, Câmara do Município de Lisboa e Bibliotecas de Lisboa, “Palimpsesto - O que se apaga para escrever de novo?” tem sua estreia marcada para às 21h30 desta sexta-feira. A peça também tem datas nos dias 27 de julho e 2 e 3 de agosto, sempre no mesmo horário. Os bilhetes custam €8 e só podem ser adquiridos na própria Biblioteca de Alcântara, localizada na rua José Dias Coelho, 27 - 29. A lotação é limitada.

Ficha Técnica de “Palimpsesto - O que se apaga para escrever de novo?”

Encenação - Lucas França

Dramaturgia - Maria Giulia Pinheiro

Elenco - Hugo Vasconcelos, João Pecegueiro, Marina Campanatti e Nylon PrincesoParticipação especial: Carlos Catalão, Ellen Lima Wassu  e Matilde Cancelliere

Iluminação - João Pecegueiro

Sonoplastia - Hugo Vasconcelo

Projeção - Hugo Vasconcelos e Lucas França

Gestão financeira - Academia de Produtores Culturais 

Apoio: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes,  Fundação GDA, Câmara do Município de Lisboa e Bibliotecas de Lisboa.  

 dnbrasil@dn.pt

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