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Núcleo brasileiro no curso de Direito da Universidade de Lisboa pode ajudar até quem ainda não chegou
Cláudio Cardona e Joice Bernardo. Foto: Reinaldo Rodrigues.

Núcleo brasileiro no curso de Direito da Universidade de Lisboa pode ajudar até quem ainda não chegou

O Núcleo de Estudo Luso-Brasileiro (NELB) ajuda no tira-dúvidas inicial sobre os cursos e tem papel ativo na integração dos alunos. Atualmente, brasileiros são 21% de todos os estudantes na FDUL.

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por DN Brasil

Texto: Caroline Ribeiro

O primeiro período do ano letivo em Portugal vai chegando ao fim, mas para quem está à frente do Núcleo de Estudo Luso-Brasileiro (NELB) da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) as férias ainda são de trabalho. O núcleo tem como associados todos os alunos que frequentam o curso, desde as licenciaturas aos doutorados - eram 1.095 até a última contagem, 21% do total de estudantes matriculados na FDUL. "Automaticamente quando eles chegam, quando fazem a matrícula, já passam a ser nossos associados", explica ao DN Brasil a presidente, Joice Bernardo.

A confraternização de fim de ano até já aconteceu. Direção e alguns alunos foram a um almoço juntos, mas o período é de burocracias a serem cumpridas. "Estamos no período de matrícula para os alunos que vão para o ano de entrega de dissertações e teses. Então, alguns alunos estão com prazo esgotando, procurando orientador, estou falando com vários cujo prazo vai até dia 27", diz a presidente.

O NELB é uma associação oficial dentro da faculdade. Fundado em 2001, foi primeiramente batizado de Núcleo de Estudantes Brasileiros. A missão inicial era ajudar na integração dos alunos, realizar eventos científicos bilaterais e desenvolver uma área científica, através de grupos de pesquisa. Com a evolução das responsabilidades e o crescimento da presença dos brasileiros, o nome mudou para acompanhar as atividades. "Deixou de ser núcleo de estudantes e passou a núcleo de estudo. Nós acolhemos, nós formamos a nossa comunidade dentro da comunidade de alunos, mas, principalmente, focamos muito na questão do desenvolvimento da parte científica, do estudo do aluno", diz Joice.

Joice Bernardo com alguns alunos na confraternização de fim de ano do núcleo. Foto: NELB.

O NELB reúne cerca de 60 colaboradores, entre membros da direção e observadores externos. A direção é sempre formada por alunos da faculdade e tem mandato de um ano. Amazonense, a presidente Joice Bernardo é aluna do mestrado em Direito Financeiro e Econômico Global. Já Cláudio Cardona, pernambucano, atualmente um dos conselheiros do NELB, cursa o mestrado em Direito Privado, com especialidade em Direito Civil. " Todo o trabalho é feito de forma voluntária", explica Cláudio ao DN Brasil.

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Entre as prioridades, o acompanhamento próximo aos alunos é o que mais ocupa as ações do NELB, começando até mesmo antes da chegada a Portugal e que tem se mostrado importante para garantir que as diferenças entre os cursos dos dois países não virem uma dor de cabeça. "Quem aqui vai para o mestrado de Prática Jurídica, por exemplo, pode não ter seu título reconhecido no Brasil, porque este curso não cumpre a carga horária do MEC. Aí nós fazemos um trabalho também que envolve muita diplomacia interna aqui na faculdade, que é ir conversar com a direção e explicar que o aluno matriculou-se desavisadamente, explicar que aquilo vai gerar um grande problema para o aluno", diz Cláudio.

Por isso, o intuito da direção do núcleo é fazer com que os contatos com os estudantes comecem o quanto antes. "A gente tenta dar todos esses encaminhamentos. Quem chega antes, consegue" reforça Joice Bernardo.

Joice Bernardo é a atual presidente do NELB. Foto: Reinaldo Rodrigues.

O papel do NELB também passa por acompanhar questões internas da FDUL, como denúncias de casos de assédio e xenofobia. Além disso, temas administrativos, como o valor das mensalidades - aqui chamadas de propinas - também estão na pauta. Este ano, a faculdade aprovou a redução pela metade do valor das propinas para brasileiros e demais estudantes naturais da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) a partir do próximo ano letivo, que começará em setembro de 2025, e o NELB participou das negociações.

Para o arranque do ano que vem, a agenda já está sendo desenhada. "Vamos falar sobre como preparar a tese, como se preparar para exames orais, fazer eventos com alunos brasileiros que tiverem experiência de intercâmbio em outros países. Janeiro é o mês de retomar as atividades, com alguns eventos já programados e tudo aquece mais em fevereiro, com o Congresso Luso-Brasileiro de Direito Internacional Público, será a terceira edição", diz Joice Bernardo, antecipando o que vem por aí.

caroline.ribeiro@dn.pt

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