Farmácia portuguesa passa a aceitar pagamentos pelo PIX
A estratégia foi adotada pela farmácia após identificar um grande número de clientes do Brasil, sejam turistas ou residentes.
Texto: Amanda Lima
Quem passa pelas unidades das farmácias Sá da Bandeira, no Porto, vê um letreiro, de janela inteira, chamativo. "Aqui pode pagar com PIX", nas cores verde e amarela, com a bandeira do Brasil. Os brasileiros já sabem do que se trata: é o "mbway" brasileiro, lançado em 2020. A estratégia foi adotada pela farmácia após identificar um grande número de clientes do Brasil, sejam turistas ou residentes. Ao que o DN Brasil apurou, a iniciativa é inédita em farmácias portuguesas.
"É uma forma de nos aproximarmos ainda mais deste público, nossos clientes brasileiros", explica ao DN Brasil António Liberal, responsável pela farmácia no Porto. Nas redes sociais da farmácia, há um tutorial explica a estratégia e o funcionamento da ferramenta. Entre as hashtags da publicação, um grupo de palavras-chave, está a #brasileirosemportugal, a mais popular entre brasileiros no país.
Segundo António, o uso do PIX "está a correr muito bem", uma vez que a ferramenta é "muito fácil e intuitiva". A iniciativa também causa curiosidade entre os clientes portugueses, que perguntam de que método de pagamento se trata. "A opção do PIX está ali ao lado das demais, como o Mbway, muitos perguntam o que é, suscita muita curiosidade e as pessoas recebem bem quando explicamos", ressalta.
A relação da farmácia com os brasileiros não é nova. Há anos que profissionais do Brasil trabalham com atendimento ao público nas unidades da Sá da Bandeira. De acordo com o responsável pela farmácia, são cinco técnicas farmacêuticas em três unidades, quatro nas farmácias do Porto e uma na de de Rio Tinto. "Estamos muito próximos dos nossos clientes brasileiros de várias maneiras", finaliza António.
O Pix português
Recentemente, o Banco de Portugal, equivalente ao Banco Central do Brasil, lançou um método de pagamento nacional semelhante ao PIX, como revelou o DN Brasil em julho. Com o SPIN, o cliente pode efetuar pagamentos diretamente para um número de celular de uma pessoa ou para o NIPC de uma empresa (similar ao CNPJ brasileiro) sem precisar utilizar o IBAN da conta do destinatário do dinheiro.
Além disso, o SPIN também apresenta o nome do recebedor antes da confirmação do envio, medida para tentar diminuir a incidência de golpes. O SPIN também "copia" do PIX a facilidade de se enviar o dinheiro para um número de celular sem necessidade de um cartão associado, como pede o MB Way. Os bancos que atuam em Portugal têm até dia 26 de setembro para disponibilizar o SPIN, sem custos, a todos os clientes.
amanda.lima@dn.pt