Escritor brasileiro residente em Portugal é um dos indicados ao Prêmio Jabuti
Texto: Nuno Tibiriçá
O escritor brasileiro radicado em Portugal, Wladimir Vaz, é um dos semifinalistas indicados ao Prêmio Jabuti. Considerado o maior prêmio de literatura do Brasil, o Jabuti terá o resultado final conhecido nesta quinta-feira (31), sendo Wladimir o único brasileiro em Portugal entre os dez semifinalistas da categoria escritor estreante-poesia com seu primeiro livro Para quem está se afogando crocodilo é tronco (Urutau, 2023).
Nascido em Socorro, no interior de São Paulo, Vaz escreveu o livro entre sua cidade natal, Dublin, Ourense, Pontevedra, Poio e Barreiro, na Margem Sul de Lisboa, onde vive atualmente. Como poeta que é, explica que o livro “foi gestado numa gravidez de elefante, chocado no ovo de crocodilo, num voo e canto de urutau”.
Fazendo sua estreia enquanto autor, Wladimir Vaz é um nome já bastante conhecido na comunidade literária de Portugal. Ele começou sua trajetória com os livros quando estudou filosofia em Campinas, tornou-se editor antes de escrever e publicar seu primeiro livro autoral, sendo hoje um dos mais atuantes nomes da edição independente do país, onde responde pelo braço europeu da editora luso-brasileira Urutau.
Além de Wladimir, outros três livros da Urutau também foram indicados semifinalistas do Prêmio Jabuti, mas todos de brasileiros ainda residentes no Brasil. Dois deles concorrem com o poeta-editor radicado em Portugal na mesma categoria estreantes-poesia, como Foram Talvez os Anjos Revoltados, de Felipe Julius, e Os Fantasmas da Carne, de Matheus Gonçalves. Portas e Vãos, de David Oscar Vaz, é um dos indicados na categoria Contos.
O Prêmio Jabuti, realizado e concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), está na sua 66ª edição, e o resultado final está previsto para amanhã, quinta-feira (31).
nuno.tibirica@dn.pt