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Daiane Baú, a jornalista que encontrou no afeto a chave para empreender
Daiane Baú: do jornalismo ao empreendedorismo. Foto: Arquivo Pessoal

Daiane Baú, a jornalista que encontrou no afeto a chave para empreender

Após dificuldades para conseguir trabalho na área de especialização, Daiane resolveu investir em uma empresa que prepara cestas de café da manhã.

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por DN Brasil

Texto: Nuno Tibiriçá

Chegar em Portugal e enfrentar dificuldades para se inserir no mercado de trabalho é uma realidade de muitos brasileiros. A jornalista de formação Daiane Baú, nascida em Castelo dos Sonhos (PA) é um desses casos. Após chegar em Portugal em 2020, a paraense que no Brasil havia passado por meios de comunicação social importantes, como o G1 e a Band News, teve que procurar outras opções no país ao enfrentar falta de oportunidades no seu meio.

"Depois de trabalhar em redação, eu passei a me interessar mais pela área de Relações Públicas, que foi na qual construí minha carreira no Brasil antes de mudar para cá. A ideia de vir para Portugal era baseada em uma questão de formar uma base teórica na RP, queria me especializar na área", conta Daiane. Em 2020, conseguiu uma vaga no mestrado em RP na Escola Superior de Comunicação Social do Politécnico de Lisboa (ESCS). Ali, deu início a seu sonho de uma vida além mar.

Fora da faculdade no entanto, a comunicadora foi logo confrontada com a falta de oportunidades no meio. Daiane conta ter passado por situações constrangedoras e, muitas vezes se viu impedida de concorrer a trabalhos e até estágios por "falta de conhecimento do mercado", como diziam.

"Eu sentia muita dificuldade na abertura dessa porta, porque, ok, não tinha contatos aqui, mas os meus colegas que estavam começando também não. Era como um preconceito, sabe? Eu tinha oito anos de experiência no Brasil, sabia fazer o trabalho, mas nunca me davam a oportunidade de competir igualmente", desabafa. Daiane conta que a rotina de procura por trabalho começou a se tornar desgastante, fazendo com que ela começasse até a repensar a decisão da mudança para Portugal.

"Eu saía de muitas entrevistas frustradas, chegava em casa e repensava tudo. Vim pra cá cheia de sonhos, de trabalhar no mercado internacional e depois voltar para o Brasil e ter essa experiência no meu currículo... e simplesmente não estava conseguindo", relembra. Frustrada e sem conseguir ingressar no mercado de comunicação lusitano, Daiane decidiu, em 2022, dar um novo rumo à sua vida. Enquanto concluía sua dissertação de Mestrado e fazia alguns trabalhos freelancer na área de RP para o Brasil, ela resolveu mudar radicalmente de área: iria empreender.

"Chegou uma altura que eu precisava me dedicar em alguma outra coisa, então decidi procurar algo que me fizesse feliz. Foi aí que criei a Baú de Afeto", conta. Empresa que oferece cestas de café da manhã e tábuas de frios, a Baú de Afeto conquistou um mercado que ainda é relativamente novo em Portugal. Desde então, a vida de Daiane mudou.

"O Baú do Afeto é uma ponte que conecta pessoas que estão distantes em momentos especiais", explica. A ideia de Daiane era unir a gastronomia com o questão afetiva, da pessoa que quer se fazer presente no momento da vida de alguém que ama, mas que está distante. Hoje em dia, por exemplo, Daiane revela que a grande maioria dos seus clientes estão fora de Portugal e vêem no seu empreendimento uma fora de se aproximar de quem está aqui.

O sucesso do Baú de Afeto e os próximos passos de Daiane

A aposta de Daiane no Baú de Afeto se mostrou acertada. O empreendimento da paraense conseguiu atingir as pessoas dentro e fora do país e a dedicação de na divulgação das redes sociais alavancou o produto no mercado. No Instagram, por exemplo, são mais de 2,5 mil seguidores que acompanham página, colorida por fotos de croissants, frios, frutas e doces. "Elaboração do cardápio, programação de postagens nas redes, anúncios... é tudo feito por mim", conta orgulhosa.

A aposta da agora empreendedora teve muito a ver também com a vontade de permanecer em Lisboa. Estabelecida no país, Daiane conta não ter pressa em sair de Portugal. "Ainda quero voltar eventualmente, mas, por enquanto, ainda vou insistir mais um pouco aqui, até porquê, apesar de não estar na minha área profissional, estou feliz agora. Também ainda tenho esperança que, eventualmente, eu ainda possa vir a trabalhar com RP aqui. Vou dar mais oportunidades a Portugal", finaliza.

Confira fotos das cestas de café da manhã do Baú do Afeto

nuno.tibirica@dn.pt

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