Com primeira edição bem sucedida, cursos gratuitos para migrantes na Universidade do Minho vão continuar
Segunda edição vai focar em jovens estudantes. O programa capacita os participantes nas áreas STEAM, uma sigla em inglês para profissões na ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática, que favorecem o ingresso no ensino superior e possuem alta abertura para o mercado de trabalho.
Texto: Caroline Ribeiro
O projeto europeu STEAMigPOWER, coordenado pela Universidade do Minho, confirmou ao DN Brasil que vai realizar, em breve, uma segunda edição de cursos gratuitos voltados para migrantes, refugiados e pessoas requerentes de asilo em Portugal. O projeto capacita os participantes nas áreas STEAM, uma sigla em inglês para profissões na ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática.
De acordo com a pesquisadora principal do projeto, Sofia Barbosa Pereira, a primeira edição, realizada no mês de julho, teve uma avaliação com "pontuação perto da máxima" entre os participantes". A nível da avaliação de todo o programa e da semana de cursos, foi muito positiva. Quem participou não se arrependeu. A única recomendação que ouvimos é que os cursos deveriam ter uma duração maior, mas ainda precisamos ver o que está indicado no projeto e para o que temos financiamento", diz a responsável ao DN Brasil.
O objetivo do programa é aproximar os migrantes das áreas STEAM, principalmente voltadas às questões ambientais, que favorecem o ingresso no ensino superior e possuem alta abertura para o mercado de trabalho. "Queremos tentar atrair e dismistificar um pouquinho a engenharia pura e dura e a aplicabilidade no nosso dia a dia, é muito importante mostrar essas áreas e tentar atrair os migrantes para essa área no ensino superior, proporcionando mais integração", explica Sofia Pereira.
Por esse motivo, a segunda edição vai focar em ter participantes mais jovens, que ainda estejam cursando o ensino secundário, o equivalente ao ensino médio do Brasil. A data será definida depois de uma conversa com escolas da região da universidade. "Estamos a tentar datas que não coincidam com o calendario escolar", diz a pesquisadora.
A primeira edição teve 30 participantes, a maioria de países do sul da Ásia, como Bangladesh, Paquistão e Índia. Brasileiros e moçambicanos foram os mais presentes entre os falantes da língua portuguesa. Para acompanhar as atividades do programa e a abertura de novas vagas, basta acessar o site do projeto.
caroline.ribeiro@dn.pt