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Banho pós viagem? Uma soneca? Brasileira abre em Lisboa ponto de parada para turistas
Adriana Berchara já viajou ao mundo e aplica experiências no negócio. Foto: Paulo Spranger / Global Imagens

Banho pós viagem? Uma soneca? Brasileira abre em Lisboa ponto de parada para turistas

A Wel Well Center mistura porta bagagens e estada temporária, algumas horas - para um banho, uma massagem e se recompor antes de seguir viagem, seja ida ou volta.

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por DN Brasil

Texto: Amanda Lima

Pessoas sentadas nas calçadas com malas em frente à prédios é uma cena comum em Lisboa e outras cidades turísticas pelo mundo. É o tempo de espera até pegar a chave do airbnb ou a hora de sair do imóvel horas antes da viagem de volta. É também o tempo em que, muitas vezes, a pessoa perde a chance de aproveitar a cidade.

A cena foi vista diversas vezes pela brasileira Adriana Bechara, jornalista com décadas de carreira em marcas como Vogue e Glamour e que já fez a famosa viagem da “volta ao mundo”, conhecendo mais de 40 países. Ao deixar a carreira no mundo do jornalismo de moda e mudar para Portugal com a família, a vivência de viagens a fez pensar em um negócio inovador: a Wel Well Center, um local único, que mistura restaurante, porta bagagens e estada temporária, algumas horas - para um banho, uma massagem e se recompor antes de seguir viagem, seja ida ou volta.

“Eu vi pessoas debruçadas na mala, quase chorando, durante a manhã, para poderem entrar no Airbnb. E eu falei, esse é um tempo da viagem que a pessoa está perdendo de aproveitar. Porque ela não consegue andar com a mala na mão, ainda mais nas ruas de Lisboa”, conta a imigrante ao DN Brasil. A Wel Well Center fica no bairro Príncipe Real, em Lisboa, em um prédio com vidros, onde dá pra ver a paisagem. 

São dois andares. No térreo, um café-restaurante com um menu extenso e com inspiração em diversas partes do mundo. Há pizza napolitana, açaí, saladas, brunch, rosbife, húmus e outros pratos que nascem da criatividade do chef brasileiro Lucas Alves, que prima por produtos naturais e cria os pratos do zero, como o molho de tomate - nada de coisas prontas.

No segundo andar, está uma confortável cama e um banheiro com chuveiro para tomar um banho depois de horas de voo, por exemplo. Cada detalhe foi pensado por Adriana para que o tempo em Lisboa seja o mais bem aproveitado possível. “Você quer aproveitar a cidade, se vai em um café tem que quase pedir desculpa pra ir com a mala, aí vai no airbnb , não conhece o hostel, não tem a chave, você fica perdido”, relata Adriana. “Aqui, temos um toque humano, acolhemos as pessoas”, complementa.

O plano de abrir o próprio negócio não foi simples nem rápido. Entrevistou empresários, estudou todas as áreas, criou um business plan e enfrentou os desafios comuns dessa empreitada, com adição da pandemia de Covid-19, bem na época do lançamento, que a obrigou a adiar os planos.

A empreendedora - que hoje diz se rever neste cargo, algo que estranhou no início - lutou para manter o negócio aberto com as incertezas da pandemia e, hoje, está consolidando o plano. “Foi muito duro. Mas estou muito feliz, gosto muito do que faço”, explica. O que Adriana faz, além de gerir o negócio, é de tudo: serve mesas, conversa com os clientes, pensa nas estratégias de social media, procura os melhores fornecedores, que tenham os mesmos valores que ela atualmente.

A versão empresária com a mudança para Lisboa representou também uma mudança de vida e de valores para Adriana e a família.  “Eu me atualizei em uma série de questões. Eu me sinto muito mais jovem, muito mais verdadeira, muito mais dentro da minha... melhor dentro da minha pele por estar vivendo aqui. Isso inclui valores humanos, valores sociais”, detalha. Algo sempre relatado por brasileiros em Portugal, a segurança da cidade é outro ponto importante, mas não só.

“Não é só  sair na rua e ser assaltada. é de não criar a criança numa bolha, dentro de um condomínio, dentro de um prédio. Porque aqui você pode deixar a criança livre na rua, vai no parque e convivem todas as classes sociais juntas”, argumenta. Adriana também deixou de lado os habituais saltos altos para usar calçados confortáveis enquanto conversa com os clientes do mundo na Wel Well.

Para o futuro, pensa alto. Quer que o Wel Well tenha muito mais unidades, encontradas facilmente por um aplicativo. “Queremos esse acolhimento em cada esquina”, finaliza.

amanda.lima@dn.pt

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