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Associações planejam protesto contra fim da manifestação de interesse
Reunião vai definir a data e local do ato. Foto: Reinaldo Rodrigues / Global Imagens

Associações planejam protesto contra fim da manifestação de interesse

A data e local do protesto será definida numa reunião marcada para 6 de julho, em Lisboa, sabe o DN.

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por DN Brasil

Texto: Amanda Lima

Um protesto na rua vai ser organizado por imigrantes em Portugal para contestar o fim das manifestações de interesse. A data e local do protesto será definida em uma reunião marcada para 6 de julho, em Lisboa, sabe o Diário de Notícias.

O objetivo será marcar posição quanto à decisão do Governo de colocar fim ao processo que já regularizou milhares de imigrantes no país, especialmente para suprir mão de obra em setores como agricultura, construção civil, serviços, hotelaria e restaurantes. O protesto está sendo organizado por diversas associações de imigrantes e organizações ligadas à causa imigrante.

O mesmo grupo de representantes destas entidades reuniu-se na semana passada para analisar as 41 medidas do plano para as migrações, apresentado há 15 dias. A maior parte destas ações ainda não foi implementada, com exceção do fim da manifestação de interesse, que foi extinta poucas horas depois do anúncio do Governo.

É justamente esta a principal medida que as associações são contrárias. Numa carta a que o DN teve acesso e entregue ao Governo, presidente da República e representantes dos partidos, classificam a decisão como “retrocesso de pelo menos 17 anos em políticas de imigração”. No total, 47 organizações assinam o documento.

As entidades manifestam preocupação com a medida, especialmente na vulnerabilidade as quais os trabalhadores imigrantes podem ficar expostos. O grupo também questiona se a rede consular terá resposta para atender o aumento do pedidos de visto nos países de origem. “As eventuais medidas de melhoria dos consulados por parte do Governo vão demorar e não vão resultar porque as máfias do tráfico humano controlam o acesso aos consulados e só quem pagar o que elas exigem (e não é pouco) lhes terá acesso”, escrevem.

Além da entrega da carta e da organização do protesto, os movimentos sociais também reivindicam uma audiência com o primeiro-ministro Luís Montenegro para debater a questão.

amanda.lima@dn.pt

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