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Ana Paula Costa é a nova presidente da Casa do Brasil
A brasileira ocupava o cargo de vice-presidente. Foto: Leonardo Negrão

Ana Paula Costa é a nova presidente da Casa do Brasil

Brasileira ocupava o cargo de vice-presidente da entidade e quer dar continuidade ao trabalho dos últimos anos.

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por DN Brasil

Texto: Amanda Lima

A Casa do Brasil de Lisboa elegeu hoje (17) uma nova direção. A cientista política e especialista em imigração Ana Paula Costa é a nova presidente da associação. A brasileira ocupava o cargo de vice-presidente - agora desempenhado por Cyntia de Paula, que deixa a presidência.

Ao DN Brasil, a nova presidente destaca que pretende dar continuidade ao trabalho já realizado nas últimas gestões. "Minha expectativa é de continuar esse trabalho e de servir a comunidade brasileira e as pessoas imigrantes de uma forma geral, não só a comunidade brasileira", explica.

Segundo Ana Paula, a entidade passou a incoporar outros lutas além da imigração."Nestes últimos sete anos eu acho que nós tivemos aqui uma outra projeção, uma outra diversificação do trabalho, mais inclusivo, mais diverso, que projetou a casa para outras lutas, que não só da imigração, como o combate ao racismo, como o combate à LGBTfobia", detalha.

Uma das principais metas de trabalho é manter o gabinete de apoio aos imigrantes, que está aberto de segunda a sexta. Ana, que está concluindo o doutorado na área de imigração, também tem como meta fortalecer a área acadêmica da associação, com a realização de mais estudos e relatórios. "Além disso temos muito mais sonhos e projetos", cita.

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Cyntia, também entrevistada pelo DN Brasil, avalia como positivo os sete anos que esteve à frente da direção da Casa do Brasil. "Foram sete anos de presidência, mas já são 12 anos de casa. Vivi todas as fases e tive o privilégio em atuar como voluntária, funcionária e presidente", ressalta a brasileira, que é psicóloga comunitária.

De acordo com a brasileira, aconteceu "tudo" nos últimos anos, o que tornou o trabalho ainda mais desafiador. "Nós vivemos uma pandemia, vivemos a ascensão do Bolsonaro, depois vivemos a volta do Lula, vivemos a nossa comunidade crescer muito nesses últimos sete anos, o aumento da nossa comunidade, consequentemente, as necessidades da nossa comunidade também se transformou", relata.

A agora vice-presidente analisa como outro fator positivo da gestão uma maior profissionalização das equipes. "Era algo que eu cria desde o meu primeiro mandato, era capacitar, aproveitar, na verdade, as múltiplas capacitações que nós temos dentro da associação. E, de fato, criar postos de trabalho dentro da associação", ressalta. Outra vantagem desta profissionalização foi ter projetos com mais chances de serem aprovados em concursos públicos - esta uma das principais formas de financiamento da entidade.

Assim como Ana Paula destacou, a ex-presidente considera como importante que a Casa do Brasil tenha expandido as bandeiras que defende. "Nossa casa se tornou muito mais diversa. Acho que eu, uma mulher feminista, ativista nas áreas contra o racismo, contra a discriminação pelas pessoas migrantes, acho que foi muito importante quebrar um pouco os machismos que existem dentro das associações e promover esse espaço para a chegada de mais mulheres", analisa, complementando que "este é um caminho ainda em construção".

Cyntia continua como representante da comunidade brasileira no Conselho Nacional para as Migrações e Asilo da Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA). A cerimônia de posse da direção da Casa do Brasil hoje eleita ainda não tem data confirmada.

amanda.lima@dn.pt

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