"Ainda Estou Aqui" tem chances no Óscar, diz curador brasileiro em Lisboa
As chances de "Ainda Estou Aqui" levar o Óscar de melhor filme estrangeiro estrangeiro é real. A afirmação é de César Meneghetti, cineasta brasileiro que vive em Portugal. Ele foi um dos participantes do jantar-debate sobre o filme, na noite de ontem no restaurante Cícero.
César, que é curador do festival Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (FESTIn), acredita que o momento político pode ser um fator relevante na escolha do filme, em comparação com outras produções que concorrem na mesma categoria.
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A atriz Úrsula Corona, que acompanhou parte da produção de "Ainda Estou Aqui", avalia que, além das premiações, a mensagem do filme é importante. "É impactar as novas gerações, fazer com que conheçam e não esqueçam o período da ditadura", explica.
A brasileira assistiu a produção no Brasil e também na estreia em Roma, juntamente com a atriz Fernanda Torres e o diretor Walter Salles. "Foi incrível a consciência que despertaram lá, em uma sala cheia de jovens italianos", conta Ursula. Outro tópico do debate foi como "Ainda Estou Aqui" pode inspirar outras produções cinematográficas sobre o período da Ditadura, com ângulos diversos.
O restaurante Cícero, do empresário brasileiro Paulo Dalla Nora Macedo e da chef Ana Carolina Silva, é sempre local de debates entre brasileiros e portugueses que dialogam sobre temas políticos e sociais. Para homenagear o sucesso do filme, a head chef do Cícero Alessandra Montagne criou um prato especial, um risoto de espelta inspirado no filme, que foi servido no jantar.
"Ainda Estou Aqui" é atualmente o filme mais assistido nas salas de cinemas portuguesas. Nos quatro primeiros dias de exibição foram arrecadados mais de 246 mil euros em bilheterias. Confira aqui a lista completa de salas que contam com a produção em cartaz.
amanda.lima@dn.pt