Texto: Agência Lusa / DN Brasil.O presidente da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), Luís Goes Pinheiro, afirmou nesta terça-feira (25) que existem atualmente 410 mil processos pendentes de imigrantes em Portugal. Em audição na Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, requerida pelos partidos Bloco de Esquerda e Livre, Goes Pinheiro afirmou que existem 342 mil pendências no âmbito de "manifestações de interesse e processos administrativos de autorização de residências". A estes se juntam ainda "70 mil processos que estão em tramitação"..Esse número deverá baixar quando muitos processos forem encerrados, porque os imigrantes optaram por ir para outro país ou conseguiram a regularização de outro modo, nomeadamente através do visto de mobilidade da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e reagrupamento familiar. Parte desses processos são referentes às manifestações de interesse, um recurso legal que permitia a normalização dos processos para estrangeiros que chegassem com visto de turista ao país e extinto no início do mês de junho..Em maio, a AIMA enviou 223 mil e-mails para pedir a liquidação antecipada dos agendamentos para processos de regularização referente as manifestações de interesse. 110 mil foram pagos e os restantes poderão ser considerados encerrados pelos serviços, caso não existam outras diligências.."Independentemente de serem 300 mil ou 400 mil são número muitíssimos significativos e qualquer tipo de soluções para o problema deve ser possível de escalar", disse Luís Goes Pinheiro, antes de continuar: "Não basta resolver problemas do presente, mas assegurar uma capacidade [à AIMA)] para que, de forma elástica, responda às variações de procura que muitas vezes são súbitas"..No caso dos pedidos dos imigrantes em Portugal, o responsável pela AIMA sublinhou que a "procura variou de forma muito instável". Agora, é necessário assegurar recursos tecnológicos que permitam escalar a resposta do órgão..Após o fim da pandemia, ouve um aumento exponencial dos pedidos de regularização. Segundo Luís Goes Pinheiro, "isso que veio a tornar o SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras) absolutamente incapaz de dar uma resposta", completou.