Com contratações em andamento, reforço nos consulados entra em vigor em setembro

Com contratações em andamento, reforço nos consulados entra em vigor em setembro

Falando durante uma comissão parlamentar na Assembleia da República, o ministro Leitão Amaro explicou que o plano contempla o "reforço dos postos consulares com 50 especialistas".
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Texto: Agência Lusa / DN Brasil

O reforço de profissionais nos postos consulares de Portugal deve começar em setembro, afirmou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, nesta quarta-feira (26). A medida faz parte do recém-aprovado Plano de Ação para as Migrações apresentado pelo Governo.

Falando durante uma comissão parlamentar na Assembleia da República, Leitão Amaro explicou que o plano contempla o "reforço dos postos consulares com 50 especialistas" e que as contratações já estão sendo feitas.

O "procedimento de contratação está em curso e acreditamos que em setembro teremos o reforço consular em marcha", afirmou o ministro, que destacou, também, o mutirão com 300 profissionais para acelerar as pendências na Agência para a Integrações, Migrações e Asilo (AIMA), conforme o DN e o DN Brasil anteciparam hoje.

O mutirão, chamado pelo Governo de "estrutura de missão", vai funcionar até 02 de junho de 2025 e inclui dois tipos de reforços. Está previsto um "grupo de especialistas, envolvendo trabalhadores da AIMA e ex-inspetores do SEF [Serviços de Estrangeiros e Fronteiras] que nos podem ajudar a fazer o tratamento administrativo e documental dos processos" pendentes. Este grupo incluirá 100 pessoas, divididas em equipas de dez, explicou Leitão Amaro.

Na outra frente do reforço, a estrutura de missão vai contemplar recursos para o aceleramento do atendimento presencial, com recolha de dados biométricos, com mais 200 profissionais. Serão criados, "pelo menos, três centros de atendimento", com 60 a 70 pessoas, mas "com princípios de integração", contemplando outros serviços complementares que ajudem os imigrantes na sua relação com o Estado português. Além do apoio linguístico, esses novos centros terão estruturas do Instituto de Emprego e Formação Profissional, da Segurança Social e também associações migrantes.

O objetivo é que não sejam "espaços de resolução de pendências", mas "espaços de oportunidade", acrescentou o ministro.

Mudanças CPLP

Sobre os imigrantes oriundos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Leitão Amaro salientou que o acordo de mobilidade, "como existe, não está a ser aplicado adequadamente". Isto porque os imigrantes da CPLP não recebem "um documento igual" aos outros imigrantes e não podem circular fora de Portugal, porque "não há recolha de dados biométricos", afirmou Leitão Amaro.

Por isso, para tentar resolver o problema dos 170 mil casos de imigrantes que entraram ao abrigo do acordo, o Governo vai avançar com um "plano de recolha de dados biométricos" e a "criação de um modelo uniforme" com um cartão que lhes permita circular fora de Portugal.

Além disso, para os cidadãos da CPLP que querem iniciar em Portugal o processo de regularização, está disponível um espaço no portal da AIMA.

Conforme o DN e o DN Brasil já haviam antecipado, o Governo já aprovou em Conselho de Ministros o decreto-lei que prorroga por um ano os títulos de residência CPLP e todos os demais que estejam vencidos, restando apenas a promulgação do presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

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