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Brasileiros compartilham histórias na Casa do Brasil para celebrar Dia do Imigrante

Dia é comemorado mundialmente sempre em 18 de dezembro.

por DN Brasil

Actualizado Dezembro 17, 2024

Texto: Amanda Lima

O Dia do Imigrante, comemorado oficialmente no dia 18 de dezembro, teve sua celebração na noite de hoje (16) na Casa do Brasil de Lisboa. A direção da associação promoveu uma roda de conversa com a presença para refletir sobre a presença dos brasileiros e demais imigrantes no país. Sob o tema "Conversa sobre as questões atuais", os assuntos foram educação, participação política, precarização do trabalho, entre outros.

Alessandro Candeias, cônsul-geral do Brasil em Lisboa, fez a abertura da sessão. O diplomata ressaltou a importância de a comunidade estar unida e do associativismo. Em Lisboa há apenas dois meses, o embaixador anunciou avanços na criação do Espaço da Mulher Brasileira no consulado. A previsão é de inaugurar em março, com um evento e palestras sobre diversos temas relacionados com as mulheres. Os temas previstos são legislação, empreendedorismo feminino, entre outros.

Kali Peres, do Gira Coletivo, destacou sobre a luta por ter espaços para a representação da cultura brasileira. "O nosso coletivo surgiu para ser um espaço seguro para as mulheres e inclusivo para todas as pessoas, como o público LGBT+. Isso despertou comentários negativos, mas também muitas mensagens de apoio ao longo destes quase três anos", disse a artista. O DN Brasil já contou a história do coletivo, relembre aqui.

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Marcel Borges, uma das lideranças do Estafetas em Luta, explicou à respeito da precarização do trabalho dos entregadores - em sua maioria imigrantes. "Temos que promover a luta de dentro para fora, não esperar que as boas práticas de países como a Espanha cheguem aqui", disse. Ele fazia referência ao reconhecimento do vínculo empregatício de entregadores com plataformas. O movimento Estafetas em Luta de Portugal hoje possui cerca de 250 pessoas de todo o país.

Joana Deus, da associação Renovar a Mouraria, lamentou que muitas vezes não consegue dar respostas aos imigrantes sobre regularização, justamente por não obter respostas da Associação para Integração, Migrações e Asilo (AIMA). Ela também chamou a atenção para o despreparo de escolas para receber estudantes estrangeiros, além do preconceito linguístico contra crianças brasileiras.

Este foi o último evento sob presidência da brasileira Cyntia de Paula, que passará, a partir de amanhã (17), a ser vice-presidente. A eleição ocorre com chapa única, liderada por Ana Paula Costa, atual vice-presidente. A votação é presencial, das 14h às 20h.

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